Os prémios são atribuídos pelo Instituto Europeu de Patentes (European Patent Office, EPO em inglês), e em 2016, distinguiu inventores com trabalhos desenvolvidos nas áreas da segurança automóvel, medicina, engenharia bioquímica e das tecnologias de ambiente. Os vencedores foram escolhidos por um júri internacional de acordo com a contribuição dos inventos para o nível do progresso técnico, do desenvolvimento social e da criação de emprego e riqueza na Europa.
O engenheiro Anton van Zanten foi o vencedor do Prémio de Consagração de Carreira pela sua contribuição pioneira para os sistemas de segurança automóvel, nomeadamente o ESP (Controlo de Estabilidade Eletrónica). O inventor germano-holandês possui uma carreira de mais de 40 anos ao serviço da industria automóvel e é responsável por várias soluções anti derrapagem e de prevenção de acidentes.
Na categoria Indústria, o prémio foi atribuído a dois alemães, Bernhard Gleich e Jürgen Weizenecke pela criação de um novo método na área de radiologia com base em magnetes e fornece imagens em tempo real de tecidos humanos com uma qualidade sem precedentes.
Tue Johannessen, Ulrich Quaade, Claus Hviid Christensen e Jens Kehlet Nørskov da Dinamarca, venceram na área de Pequenas e Médias Empresas (PMEs) pela utilização da amónia como um combustível com emissões zero em motores a diesel.
Na área de Investigação, em que estava seleccionada a equipa portuguesa de Elvira Fortunato e Rodrigo Martins, o galardoado foi o francês Alim-Louis Benabid pela revolução que motivou no tratamento da doença de Parkinson e de outras situações neurológicas usando a estimulação cerebral profunda de alta frequência.
O prémio para os países não-europeus foi para o engenheiro químico Robert Langer dos Estados Unidos pela invenção de plásticos biodegradáveis que encapsulam medicamentos anticancerígenos fortíssimos que são direcionados para atuar num ponto específico do corpo humano. Os bioplásticos do inventor podem ser produzidos em forma de chip, conter medicamentos contra o cancro e ser implantados mesmo ao lado dos tumores onde o medicamento é libertado por um processo natural que permite uma eficácia máxima.
O prémio do público foi atríbuido a Helen Lee pela invenção de kits de diagnóstico para países com falta de recursos em todo o mundo. Os testes servem para diagnosticar várias doenças como HIV, a hepatite B, a clamidíase, entre outras, tendo sido já usados em 40 mil pessoas.
“A cerimónia de hoje é um tributo ao espírito de inovação e ao trabalho de pessoas dedicadas que, através das suas invenções, avançam o estado da arte por todos nós”, afirmou o Presidente do EPO, Benoît Battistelli. “As invenções consagradas no prémio deste ano dão esperança a pessoas que sofrem doenças, aumentam a eficiência dos diagnósticos médicos, protegem o ambiente e salvam a vida de milhares de pessoas nas estradas. O impacto do trabalho destes inventores sublinha a importância do Sistema Europeu de Patentes, que beneficia tanto a força económica como o progresso tecnológico na Europa”, disse Battistelli.
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