Portugueses desconhecem produção anual de resíduos electrónicos
O inquérito destaca quais as principais conclusões sobre o nível de conhecimento dos portugueses em matéria de resíduos eletrónicos.
A propósito do Dia Internacional da Terra, a Swappie conduziu um estudo que indica que a maioria dos europeus não está consciente do impacto crescente dos resíduos eletrónicos.
Uma realidade que revela a necessidade de consciencialização para o tema, uma vez que a produção mundial de lixo eletrónico aumenta cinco vezes mais depressa.
Em Portugal, mais de 52% dos inquiridos não sabia que a quantidade de resíduos eletrónicos vai chegar às 75 milhões de toneladas métricas, e mais de 80% revela que não conhece a sua produção anual de resíduos eletrónicos.
Recentemente, a Swappie conduziu um inquérito abrangente à comunidade pan-europeia, com o intuito de avaliar o nível de conhecimento e sensibilização das pessoas em relação aos hábitos sustentáveis, à pegada de carbono e ao impacto do lixo eletrónico no nosso planeta.
Este estudo surge no âmbito “dos resultados alarmantes” do relatório das Nações Unidas, que revela que, em 2022, foram produzidas 62 milhões de toneladas de resíduos eletrónicos, marcando um aumento de 82% em relação a 2010, com uma previsão de um aumento adicional de 32%, para 82 milhões de toneladas, até 2030.
A nível global, a produção anual de resíduos eletrónicos está a aumentar em 2,6 milhões de toneladas, enquanto a taxa de reciclagem documentada diminuiu de 22,3% em 2022 para 20% em 2030.
Este declínio na taxa de reciclagem reflete os desafios em acompanhar o crescimento exponencial da produção de resíduos eletrónicos em todo o mundo.
Luísa Vasconcelos e Sousa, country manager da Swappie em Portugal, sublinha que “à luz destes resultados, é importante aumentar a sensibilização para os resíduos eletrónicos e os seus efeitos prejudiciais ao nosso planeta. Ainda que seja evidente o forte desejo entre os consumidores de fazerem escolhas mais informadas para atenuar o seu impacto no ambiente, a responsabilidade não fica por aqui”.
Apesar da falta de sensibilização para esta temática, a grande maioria dos inquiridos manifestou uma preocupação significativa com a sua pegada de carbono e o impacto ambiental, diz ainda o estudo.
Cerca de 51% dos inquiridos classificaram a sua apreensão como 5 numa escala de 1 a 5, indicando níveis elevados de preocupação com a sua pegada ambiental pessoal.