Portugueses acreditam que a tecnologia pode poupar até 3,5 dias por mês no trabalho
Um estudo da Ricoh Europa revela que formas mais inteligentes de trabalhar podem poupar tempo aos trabalhadores e aumentar a sua produtividade e eficiência. Dos trabalhadores europeus entrevistados, quase metade (47%) está convencida de que a tecnologia que não utiliza os recursos certos no trabalho e que chega a perder até 42,3 dias por isso.
O inquérito revela que os 3600 entrevistados deseja ter uma maior componente digital no local de trabalho e 59% acredita que uma tecnologia mais inovadora teria um impacto positivo no seu trabalho.
Por outro lado, 65% afirmou que a automação lhes permitirá ser mais produtivos, enquanto 52% está de acordo que a Inteligência Artificial terá um impacto positivo nas suas funções. Dados curiosos tendo em consideração a existência de um sentimento que a automação irá diminuir os postos de trabalho humanos. Os inquiridos vêem a gestão do email (41%) e as reuniões (37%) como as tarefas em que perdem mais tempo todos os dias, seguidas das deslocações de e para o trabalho (29%).
Desta forma, as novas tecnologias são vistas de forma muito positiva com 44% dos trabalhadores a a referir que acesso mais imediato aos dados iria melhorar a sua produtividade, já 42% considera o trabalho remoto mais frequente importante e 41% vê na redução de tarefas repetidas, uma forma de aumenta a sua eficiência.
«O que os colaboradores nos têm vindo a comentar, leva-nos a ter preocupações relativas à produtividade macroeconómica que os governos de todo o mundo já enfrentam. Uma grande parte do horário laboral é ocupado com tarefas e processos que se poderiam automatizar ou otimizar. Se libertarmos esse tempo, a tecnologia permite aos trabalhadores realizarem o seu trabalho de uma forma mais inteligente e focar-se em adquirir valor real à sua empresa», afirma, em comunicado, Ramon Martin, CEO da Ricoh Portugal e Espanha.
Aos trabalhadores preocupa-lhes que a falta de investimento na tecnologia cause problemas às empresas do futuro e 36% deles acredita que se estes não se realizarem, as empresas fracassarão num prazo de 5 anos. Para além disso, 46% afirma que a sua concorrência já conta com uma vantagem tecnológica.
“Os colaboradores não estão a aumentar a sua produtividade devido a um acesso deficiente à tecnologia, no qual estão a desperdiçar o seu tempo de trabalho. A investigação que fizemos demonstra que os colaboradores de toda a Europa desejam que as empresas onde trabalham os ajudem a ser mais produtivos. Um acesso mais facilitado à tecnologia tem vantagens tanto para a organização como para os colaboradores, poupando tempo e dinheiro, mediante a implementação de uma forma de trabalho mais inteligente”, acrescenta o executivo.
O tempo que os colaboradores acreditam que poderiam poupar no trabalho todos os meses, graças ao uso da tecnologia para trabalhar de uma forma mais inteligente, varia por toda a Europa. Em França, os colaboradores acreditam que se poderia diminuir 1,8 dias por mês, comparativamente com 5,6 dias na Rússia. Já Portugal está a meio da tabela e em linha com a média europeia que é de 3,5 dias. Os trabalhadores de países como a Alemanha e a Suécia, acreditam que podem poupar 3,8 e 3,6 dias, respetivamente.
O estudo revela ainda que os inquiridos mostram-se desiludidos com a motivação das equipas de direção ,sendo que 72% acredita que os gestores só introduzirão uma nova tecnologia se ajudar a diminuir gastos e não para apostar no aumento das capacidades.
«As pessoas responsáveis por tomar decisões empresariais deviam aportar uma visão holística a longo prazo em relação aos custos de processos básicos. Diminuir os investimentos pode libertar capital a curto prazo, mas as vantagens do aumento da produtividade prometem grandes lucros nos próximos anos», finaliza o responsável.