Presente fisicamente em Portugal e Londres, a Digital Works gere clientes em 12 países. Por terras lusas, são duas as geografias que acolhem profissionais desta empresa portuguesa de produção digital: Lisboa, com um escritório de gestão e apoio ao cliente, e Évora onde se situa o centro de produção e onde está presente grande parte da equipa. Em Londres, o escritório é basicamente de gestão e apoio ao cliente com três colaboradores a tempo inteiro. No entanto, Ricardo Teixeira, CEO da Digital Works, admitiu à B!T que está a ser estudada a entrada em outro mercado: o escandinavo. “Tanto o escritório de Lisboa como o de Londres são escritórios de gestão e apoio ao cliente. Mas é o modelo que pretendemos replicar nos futuros mercados, concentrando a produção em Évora e\ou outra região do interior”, disse o gestor.
Ao todo, são cerca de 30 as pessoas que trabalham na empresa lusa, sendo essencialmente programadores e gestores de projetos. Na área da programação, a Digital Works atua nas áreas web e mobile, nas quais são especialistas. “Os nossos programadores são especializados em diferentes tecnologias, desde o open source às tecnologias proprietárias como as da Microsoft, Apple e Java”.
Para fazer face à expansão, a empresa anunciou a contratação de mais 30 profissionais, ou seja, a duplicação dos atuais recursos. “A Digital Works precisa rapidamente de duplicar os seus quadros, pois felizmente trabalho não falta. A notoriedade que ganhamos nos mercados nos quais estamos presentes tem causado um aumento de vendas significativo e, como tal, temos que estar preparados para não rejeitar trabalho uma vez que houve um grande esforço para chegar até este ponto. Por outro lado, precisamos de tempo para formar, já que a região de Évora não dispõe de recursos humanos com experiencia. Como tal, é um enorme investimento da nossa parte, mas que tem tido um bom retorno uma vez que temos uma equipa de excelência”.
A Digitalworks pretende, em 2015, duplicar não só a equipa mas também a faturação, devido essencialmente à sua grande aposta na internacionalização. “Este ano iremos superar o milhão e meio de euros, no qual Portugal representará apenas 35% e o restante será fora do país”.
Segundo o diretor-geral, estas contratações inserem-se, por um lado, no reforço da internacionalização da empresa e, por outro, aproveitando as novas instalações da Digitalworks, em Évora, que permite mais que duplicar a equipa. Basicamente, este acréscimo de recursos está relacionado com a conquista de novos clientes no Reino Unido, bem como com o seu novo serviço de nearshoring. “A razão pela qual escolhemos Évora deve-se à falta de oportunidade a sul do Tejo e as universidade de Portalegre, Beja e Évora formam entre elas cerca de 100 novos engenheiros por ano os quais terminam o curso sem oportunidades de emprego na região, sendo forçados a deslocarem-se para Lisboa para encontrarem oportunidades ou a aceitarem empregos em call-centers”.
Por outro lado, diz o responsável, a vida de programador requer muito raciocínio e esforço mental, como tal a qualidade de vida desta região poderá ser um fator muito importante. “Nesse sentido, uma cidade como Évora, onde podem deslocar-se a pé facilmente em toda a cidade, onde o uso de bicicleta é comum, onde não há transito e as típicas perdas de duas horas de transportes como em Lisboa, fazem com esta geografia tenha uma qualidade de vida magnífica e se torne em um local de excelência para fazer um investimento como o da Digital Works”.
Outro aspeto enfatizado por Ricardo Teixeira é o facto de, muitas vezes, demorar menos tempo a chegar a Évora… do que do Parque das Nações às Amoreiras em horário de ponta. “Em apenas uma hora chego a Évora… Contudo, confesso que não tem sido fácil este percurso, pois a falta de recursos humanos especializados na região tem sido uma das maiores barreiras e que não tem ajudado o crescimento da equipa, daí estarmos a estudar uma nova localização para abrir um novo centro de produção”.
Mas será fácil reter talentos em Évora? Ricardo Teixeira advoga que a relação dentro da Digital Works é totalmente informal. “Mantendo o profissionalismo, todos trabalhamos para o mesmo objetivo o qual é tornar a Digital Works uma multinacional de referência e crescermos todos dentro da estrutura. A equipa tem uma média de idades de 30 anos, em que estamos a criar uma oportunidade de crescimento para todos e para a região”.
Dentro da Digital works há matrecos, ping-pong, setas, bolas, entre muitos outras formas de entretenimento que proporcionam momentos de descontração. “O objetivo não é reter ou cativar, mas sim proporcionar a melhor qualidade de vida dentro do escritório. Este ambiente, aliado a projetos de enorme notoriedade e desafiantes, são alguns dos fatores que tornam a Digital Works num local de excelência para trabalhar”.
Alguns clientes são a Rolls Royce e a Dolce Gusto, marcas de grande referência. Depois, a empresa trabalha com todos os maiores grupos de publicidade a nível mundial, tais como WPP, Publicis, Interpublic, Omnicom e Havas. E clientes desde Roche, EDP, Grupo Engine, Grupo Tecnifar, Unity College em Boston, Historical , Huawei, The Victoria and Albert Museum ou a Historic Royal Palaces.
Questionado sobre quais os grandes projetos que têm entre mãos, Ricardo Teixeira teve de dizer que “devido a contratos de confidencialidade não podemos divulgar os grandes projetos que temos em mãos. Contudo, temos uma pipeline quer de projetos em curso, quer de potenciais projetos bem encaminhados a aguardar decisão, que tem excedido todas as expectativas para este ano. O que é fantástico!”
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