O último relatório da Kaspersky – State of Stalkerware 2023 – revela que aproximadamente 3 mil utilizadores na europa e mais de 31 mil em todo o mundo foram invadidos por stalkerware, software de vigilância clandestino utilizado por atores maliciosos para monitorizar as suas vítimas.
Os três países mais afetados na Europa foram a Alemanha, a França e o Reino Unido.
Em comparação com 2021, destaca-se duas alterações: a Grécia deixa de constar na lista e Portugal integra o top 10, ocupando o décimo lugar nos países europeus mais afetados por stalkerware.
Na generalidade dos casos, o stalkerware disfarça-se de aplicações legítimas de antirroubo ou de controlo parental em smartphones, tablets e computadores, mas na realidade, são muito diferentes.
São instalados sem o consentimento e notificação da pessoa que está a ser seguida e fornecem ao atacante os meios para obter controlo sobre a vida da vítima. As capacidades do stalkerware variam consoante a aplicação.
Em 2023, os dados da Kaspersky revelam que 31.031 indivíduos únicos em todo o mundo foram afetados por stalkerware, um aumento anual de quase seis por cento (5,8%) em relação aos 29.312 utilizadores afetados em 2022.
Os números invertem a tendência de descida observada de 2021, confirmando que o stalking digital continua a ser um problema global.
De acordo com a Kaspersky Security Network, em 2023, a Rússia (9890), o Brasil (4186) e a Índia (2492) foram os três países mais afetados.
Em 2022, o Irão entrou no top 5 e a situação mantém-se em 2023.
Em comparação com 2021, os 10 países mais afetados pouco se alteraram. Uma das diferenças é que a Alemanha passou do sétimo para o décimo lugar e a Arábia Saudita já não consta na lista dos países mais afetados a nível mundial (classificada em oitavo lugar em 2022).
O número total de utilizadores europeus únicos afetados em 2023 desce para 2645 utilizadores, uma diminuição significativa em comparação a 2022 (3158).
O espetro do abuso é diverso e mais de um terço (39%) dos inquiridos a nível mundial relatam experiências de violência ou de abuso por parte de um atual ou ex-parceiro. Entre os inquiridos portugueses, aproximadamente 24% afirma já ter sofrido de violência psicológica.
Para além disso, 40% dos inquiridos em todo o mundo declaram ter sido perseguidos ou suspeitam ter sido perseguidos.
De acordo com este relatório, cerca de 21% dos portugueses já foram vítimas de perseguição digital, ou suspeitam ter sido. Mais especificamente, 8% dos inquiridos portugueses afirmam já ter sido perseguidos, ou suspeitaram ter sido, através de aplicações móveis e 5% através de dispositivos de tracking.
Por outro lado, 12% dos inquiridos em todo o mundo admitem instalar ou definir parâmetros no telemóvel do parceiro, enquanto 9% reconhecem ter pressionado o parceiro a instalar aplicações de monitorização. Em Portugal, estes valores descem para 5% e 4%, respetivamente.
Na maioria dos países do mundo, a utilização do software de stalkerware não é atualmente proibida, mas a instalação de uma aplicação deste tipo no smartphone de outra pessoa sem o seu consentimento é ilegal e punível por lei.
No entanto, é o agressor que será responsabilizado e não o criador da aplicação. Juntamente com outras tecnologias relacionadas, o stalkerware é um elemento de abuso tecnológico e é frequentemente utilizado em relações abusivas.
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