O plano a dez anos de Zuckerberg para o Facebook
Já está em velocidade de cruzeiro a conferência anual F8 do Facebook, que este ano reúne 2600 programadores em São Francisco. Na primeira apresentação do evento, o CEO Mark Zuckerberg deu a conhecer o seu calendário para os próximos dez anos do Facebook.
Parece uma iniciativa estranha, tendo em conta que a tecnologia evolui mais rapidamente que as previsões conseguem acompanhar, mas a intenção de Zuckerberg foi dar uma visão simplificada do que a empresa entende serem as prioridades na próxima década. Não apenas para o Facebook, rede social, mas principalmente para o Facebook gigante de tecnologia, média e realidade virtual.
A intenção da empresa nos próximos dez anos é “dar a toda a gente o poder de partilhar o que quiserem com qualquer pessoa.” O processo de Zuckerberg tem sido o mesmo em todos os produtos: começa na tecnologia, transforma-se em produto e atinge a forma de ecossistema quando tem escala.
As três grandes áreas de foco serão ligar o mundo (as 4 mil milhões de pessoas que ainda não acedem à internet), inteligência artificial e realidade virtual/realidade aumentada.
No caso da aplicação e plataforma do Facebook (rede social), as grandes novidades estão no Messenger. Tal como esperado, a empresa vai embeber ‘bots’ baseados em inteligência artificial no serviço de mensagens, criando a Plataforma Messenger. Os programadores podem criar ‘bots’ para interagirem com as pessoas por mensagem nas mais variadas situações, desde o consumo de notícias à encomenda de um vestido ou pedido de suporte. Com 900 milhões de utilizadores, a aplicação standlone do Messenger está a criar um ecossistema próprio.
Vídeos ao vivo
As novidades neste serviço não param de chegar. O Facebook abriu oficialmente o Live API para permitir aos programadores dirigirem o streaming a qualquer aparelho, de qualquer aparelho. A marca de drones DJI é uma das primeiras parceiras neste formato.
Ligar o mundo
“As pessoas não estão ligadas à internet por problemas de conectividade, preço e informação”, sintetizou Zuckerberg. O Facebook quer atacar os três obstáculos, começando com a ligação – está a construir um avião para oferecer internet a partir dele e lançará dentro de alguns meses um satélite para levar internet à Africa sub-sariana.
No que toca ao preço, está a trabalhar com telecoms para tornar o preço dos pacotes de dados mais baratos. Na questão da informação, o foco é explicar às pessoas as vantagens em aceder à internet. Tudo parte do programa Free Basics, que leva internet gratuita (mas limitada a umas dezenas de sites) a 37 países e 25 milhões de pessoas. Apesar dos problemas na Índia e Egito, Zuckerberg disse que esta é a iniciativa de conectividade mais bem sucedida do mundo.