O concurso europeu, cuja semifinal aconteceu na Estónia, teve a participação de 28 ideias de negócio, uma por cada Estado-Membro da União Europeia. A final será constituída pelas onze melhores ideias, nas quais se inclui a startup portuguesa, e acontecerá em abril de 2018 na Holanda.
A solução da Pavnext consiste num equipamento para pisos rodoviários que permite extrair energia cinética aos veículos, reduzindo a sua velocidade de circulação, sem qualquer ação do condutor e sem causar impacto no veículo. A energia captada é convertida em energia elétrica que pode ser utilizada, por exemplo, para iluminação da via pública, passadeiras, semáforos, entre outros.
Além disso, o sistema permite também gerar dados de tráfego e de velocidade, da energia gerada e consumida, possibilitando a elaboração de relatórios e a otimização de consumos energéticos em tempo real.
A ideia já recebeu já oito distinções nacionais e internacionais, entre os quais o primeiro lugar na 5.ª edição do Big Smart Cities, competição de empreendedorismo promovida pela Vodafone e pela Ericsson, e o Prémio Inovação Segurança Rodoviária.
A startup venceu ainda a fase regional do Big Smart Cities, a final nacional do Climate Launchpad e a final nacional do Ideas from Europe. A nível internacional, a ideia conseguiu primeiro lugar na categoria “Alterações Urbanas” na final internacional do Climate Launchpad, no Chipre, e um lugar no pódio do World Smart City Awards, em Barcelona, tendo sido distinguida na categoria “Innovative Ideas”.
A Pavnext foi criada por Francisco Duarte, engenheiro eletromecânico atualmente aluno do Programa Doutoral em Sistemas de Transportes da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), João Champalimaud, gestor, e Sílvia Soares, que é designer.
“Os prémios de inovação que o projeto tem vindo a receber são um reconhecimento do potencial do projeto para a transformação das nossas cidades, no sentido de as tornar mais seguras, sustentáveis e inteligentes. São também uma forma de dar a conhecer o projeto e mais rapidamente chegarmos até parceiros e clientes”, afirma, em comunicado, Francisco Duarte.
A startup prepara-se agora para testar o seu piloto em Cascais, no âmbito do primeiro prémio do Big Smart Cities. Para já, a Pavnext tem vindo a desenvolver um trabalho de identificação das passadeiras mais perigosas da vila de Cascais para poder dar início à implementação dos seus dispositivos no pavimento.
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