Parceria entre IBM e Twitter revela primeiros frutos

Aquando do anúncio da parceria entre a IBM e o Twitter, muitas foram as previsões para tentar perceber que produtos poderiam resultar desta união. Alguns analistas evidenciaram imediatamente as potencialidades deste acordo para campos como marketing digital e as primeiras soluções apresentadas vão ao encontro dessa lógica.

Em Outubro de 2014, a IBM e o Twitter revelaram uma parceria ainda que sem indicações significativas relativamente ao que poderia ser esperado deste acordo. Desde aí, a tecnológica tem treinado milhares de engenheiros e consultores para que a análise dos dados captados pela rede social pudessem ser trabalhados de modo a criar novas ferramentas de e-marketing.

As empresas e agências de publicidade deverão ser, por isso, as principais beneficiárias dos serviços desenvolvidos por ambas. O cruzamento dos dados disponibilizados pelo Twitter relativamente às atividades dos seus utilizadores, gostos, temas mais populares e padrões comportamentais promete ajudar a delinear estratégias e abordagens mais coerentes de marketing para que o planeamento possa ser o mais correto possível.

O resultado desta parceria permite ainda a possibilidade de criar aplicações que aproveitem diretamente as informações recolhidas pelas bases de dados do Twitter de modo a construir produtos mais direcionados para cada segmento.

Centrando-se em funcionalidades analíticas de fontes de dados baseadas em cloud, as novas soluções funcionarão a partir do Watson, o supercomputador da IBM apresentado como um computador cognitivo que vai aprendendo ao longo do tempo.

Para além do Watson, as ferramentas, agora apresentadas, tirarão proveito também do Hadoop, um software open-source conhecido por reunir largos contributos da Yahoo, mas que também está presente no IBM BigInsights, um serviço de análise de big data para empresas.

Durante o período de desenvolvimento destes serviços, os mesmos foram sendo testados com cerca de cem empresas. Áreas como telecomunicações, retalho e moda participaram nesta iniciativa e já são visíveis alguns dos frutos incluindo uma melhoria no planeamento de linhas de produção.

No campo das telecomunicações, por exemplo, foram combinados dados do Twitter com informações meteorológicas para perceber em que localizações seria mais provável que os consumidores mudassem de fornecedor devido a problemas provocado pelo mau tempo. Neste caso, foram utilizadas não só informações da rede social como também dados estatísticos de fontes externas.

Já no setor do retalho, o exemplo apresentado revela qual a correlação entre a saída de um empregado e o abandono de um serviço ou loja por parte de um consumidor. Os dados recolhidos demonstram que caso exista uma relação de confiança e proximidade entre ambos, é provável que a saída de um implique a saída do outro.

Filipa Almeida

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