O papel do ensino superior no novo contexto económico foi debatido no auditório dois no Centro de Congressos de Lisboa no primeiro dia da 23ª edição do Congresso das Comunicações. Esta conferência começou com um breve discurso de Francisco Ruiz Antón, Policy and Government Relations Manager da Google Espanha e Portugal.
O moderador, Luís Paulo Salvado, CEO da Novabase, levantou algumas questões aos oradores, entre elas a forma de implementar a empregabilidade nos recém-licenciados, qual o papel das softskills, para onde deverá evoluir a formação superior e como valorizar as aprendizagens informais e formais.
Arlindo Oliveira foi o primeiro a discursar, demonstrando a grande importância do ensino superior hoje em dia. “A empregabilidade torna-se mais difícil em pessoas com menos qualificação. Os recém-licenciados têm de ter competências suficientes para que seja benéfico para uma empresa oferecer-lhes emprego”, refere.
O Presidente do IST falou ainda sobre a aposta no ensino online: “O ensino online é uma competência muito importante mas não substitui a experiência de uma formação num instituto superior”, afirma Arlindo Oliveira.
Francisco Veloso pronunciou-se sobre as necessidades atuais do mercado de trabalho. “O mercado e trabalho dá cada vez mais importância à capacidade de trabalho em equipa, à capacidade de aprender, de apresentar, entre outras competências complementares à competência técnica”, diz o Diretor da Universidade Católica Portuguesa, acrescentando que a entrada no mercado de trabalho “acontece cada vez mais à saída do mestrado de Bolonha”.
Já Joaquim Mourato, afirma que “é decisivo apostar na educação e no ensino superior”.
O Presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos refere que as oportunidades de empregabilidade continuam a ser muito maiores para quem tem um curso superior, e refere que as novas tecnologias são decisivas na formação dos jovens.
“Os jovens começam hoje a olhar para os seus diplomas como ferramentas e já muitos desses jovens querem aumentar os seus conhecimentos em diversas áreas, pois sabem que quanto mais diversificados forem esses conhecimentos, mais oportunidades têm de empregabilidade”, declara Luís Rebelo, Comissário para a Juventude, da APDC.
Arlindo Oliveira falou ainda sobre a aposta do ensino nas áreas da Ciência e da Tecnologia. “Já quase todas as escolas têm tentado promover o interesse dos jovens para a área das Ciências e das Tecnologias”, acrescentando que “é importante que as pessoas percebam que têm de arranjar competências e para arranjar competências é preciso trabalhar. Quem quiser trabalhar nesse sentido, facilmente arranjará emprego”.
O Diretor da Universidade Católica Portuguesa, Francisco Veloso, deu ainda relevância ao fator do empreendedorismo, referindo que a Católica tem apostado muito nesse setor. “Para termos um Portugal diferente precisamos de novas empresas. Para ter novas empresas são precisos empreendedores”, afirma o Diretor da Católica.
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