Os novos trunfos da IA

Ao nível da computação, a Lei de Moore afirma que o desempenho das CPUs aumenta para o dobro a cada 18 meses. Isso significa que as CPUs são hoje cerca de 100.000 vezes mais rápidas do que eram há 25 anos. Como tal, a IA é muito mais rápida e mais precisa do que era há duas décadas. Naquela altura, era irrealista usar a IA para aplicações em tempo real como a condução autónoma, e as redes neurais para deep learning não eram capazes de ir tão longe e, como tal, não eram tão rigorosas quanto são hoje.

Quanto à vertente de dados, o machine learning e deep learning precisam de dados – muitos dados. Os dados são a base de aprendizagem de novas capacidades na fase de treino da IA. Quanto mais dados o sistema receber durante a fase de aprendizagem, melhores inferências fará. Felizmente, a capacidade de armazenamento aumentou exponencialmente nas últimas três décadas. Os discos rígidos grandes eram inferiores a 100MB no início da década de 1990, e hoje as drives chegam a ter 32TB. Além disso, o preço do armazenamento diminuiu drasticamente desde a anterior vaga de IA e os dias de hoje. No início dos anos 90, o armazenamento custaria mais de mil euros por GB, quando hoje custa menos de 3 cêntimos por GB. E isto aplica-se ao armazenamento em bruto. Quando se fala em eficiência de armazenamento, o rácio preço/desempenho é ainda melhor.

Outro factor radicalmente diferente são as pessoas. Hoje, muitas universidades oferecem programas de IA. O conhecimento acerca da IA e a aceitação da mesma melhoraram imenso desde a década de 90. Milhões de pessoas já usa assistentes pessoais como a Siri ou a Alexa. E não nos preocupamos se estes sistemas inteligentes são baseados em IA ou não, desde que nos ajudem a encontrar o caminho mais rápido até ao nosso destino ou encomendem um presente de aniversário online sem termos de ligar um computador.

Muito em breve, a IA estará por todo o lado. A IA resolverá os problemas que abordamos nos centros de apoio, conduzir-nos-á ao emprego, encomendará os nossos jantares e irá entregá-los a nossas casas – até diagnosticará se temos um tumor. Os sistemas que nos rodeiam estão a tornar-se mais inteligentes graças à IA. Não consigo pensar numa área que não venha a ser melhorada, mais cedo ou mais tarde, pela tecnologia IA.

João Miguel Mesquita

Desde 1998 que está diretamente ligado às TI. Tendo desenvolvido a sua atividade profissional em projetos como Portugalmail, IOL (Grupo Media Capital), Terravista (Grupo T -Deutsche Telekom) , e Jornal Digital do Norte. Estudou Direito na Universidade Autónoma de Lisboa. É COO e Editor-inChief do Grupo Netmediaeurope/America no Brasil e Portugal. Gestor de projetos e-business, e editor. É um entusiasta do impacto das TI nas industrias criativas.

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