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Oracle OpenWorld 2013 reúne 60 mil profissionais

Larry Ellison, CEO de Oracle, destacou-se durante a sua intervenção das tecnologias in-memory e Big Data como chaves para a transformação tecnológica nas empresas.

Durante os próximos dias a Cidade de São Francisco vai estar inteiramente pintada de vermelho. Não há prédio ou serviço de transporte que não recorde aos transeuntes – os poucos que ainda não se tenham percebido disto – que é a semana da Oracle. O OpenWorld 2013, vai reunir nas distintas jornadas mais de 60 mil profissionais, tudo um record de participação. De acordo com os seus cálculos, isto traduz-se num impacto económico para a cidade californiana de uns 120 milhões de dólares.

A keynote inaugural desenvolvida pelo próprio Larry Ellison, CEO da Oracle, esteve encaminhada precisamente a tudo o fazia relação com a economia das empresas. A sua estratégia centra-se cada vez mais em proporcionar os recursos – tanto hardware como software – unificados em plataformas de engenharia que como diz Ellison, acabaram por favorecer a anelada redução de custo em TI. A oferta da Oracle não é propriamente a mais económica se repararmos nos preços, mas acaba por ser a mais conveniente para determinados cenários. Como tem ocorrido em muitas conversações do executivo, põe como exemplo os sistemas com arquitetura x86 e Ethernet correndo o Linux: “São os mais baratos, mas não são bons para todos os cenários e necessidades das empresas”. Nestes casos, Ellison propõem arquiteturas especializada que asseguram fiabilidade, flexibilidade e escalabilidade: Os sistemas de engenharia conjunta da Oracle (Oracle Engineered Systems). Depois da aquisição de Sun Microsystems que aconteceu já há alguns anos, a estratégia da empresa tem-se centrado em desenhar software que sirvam que nem uma luva aos hardware e vice-versa: “pensamos que a engenharia conjunta de hardware e software se traduz num rendimento extremo e, como resultado disso, os clientes não tem que adquirir sistemas em demasia, o que acaba por reduzir os custos de aquisição, gastando menos em eletricidade, utilizando menos espaço para colocar as máquinas e mantendo-os com menos profissionais que se poderão dedicar a outros trabalhos”.

Não tem sido uma transição fácil, mas as últimas versões destas máquinas parecem ter conseguido uma maturidade suficiente como para enfrentar em igualdade de condições aos gigantes como IBM ou HP.

Bases de dados mais rápidas

A tecnologia tem sido sempre o principal ativo da empresa para facilitar as transformações dos seus negócios. Porém, ao contrário de períodos anteriores, a informação que se gera na atualidade cresce com uma rapidez frenética. Tanto assim que o 90% dos dados que existem na atualidade tem-se criado durante os últimos anos e de acordo com a previsão Oracle, em 2020 iram multiplicar-se por 50.

Já não se trata simplesmente de encontrar sistemas que sejam capazes de gerir essas enormes quantidades de dados. Além disso, é de vital importância fazê-lo rapidamente. As organizações não se podem dar ao luxo de esperar horas ou dias para gerar uma denúncia, sem que estes processos tenham que ser efetuados em tempo real ou em alguns segundos. A abordagem da Oracle neste ponto, chega em forma de base de dados em memória, uma tecnologia que seja capaz migrar até à memória dos sistemas, tanto de aplicações como dados. No entanto, Ellison pretende marcar as diferenças entre eles e a competência rapidamente – SAP HANA – explicando que a Oracle Database In-Memory não obriga depois da migração a fazer novamente o código das aplicações ou modificar aquilo que já existe: “A adoção das nossas tecnologias em memória não envolve mudanças no código, ou restrições SQL. Além disto, está preparado para o modelo do Cloud Computing”.

Ainda assim, Ellison também falou das diferentes modalidades que se desenvolveram. Tendo em conta que a maior parte das memórias dos sistemas (RAM) são uns dos componentes mais caros, é possível configurar o software para que não seja necessário mover 100 por cento dos dados, mas apena aqueles que são mais críticos ou mais utilizados. “O cliente decide o que colocar na memória”.

A tecnologia de base de dados na memória proposta pela Oracle, garante um desempenho 100 vezes maior para os processos de consultas SQL e até 4 vezes nos processos transacionais.

Os novos sistemas de Engenharia Conjunta

Por enquanto não houve grandes lançamentos na família Engineered Systems da Oracle, Larry Ellison antecipou os principais detalhes das atualizações do seu sistema mais poderoso e escalável o Oráculo SuperCluster M6-32, com processador SPARC M6-32. Talvez a notícia mais importante sobre este é que as diferentes configurações foram estendidas para que as pequenas empresas possam aceder a esta tecnologia a preços competitivos. No outro lado da gama, SuperCluster que é o maior de estes, pode conter até 32 terabytes de memória e até 384 núcleos de processador.

Também foram apresentados novos sistemas criados especificamente para responder aos processos de cópias de segurança e recuperação de dados, mas num nível muito mais amplo do que o tradicional. Trata-se do Oracle Database Backup Logging Recovery Appliance.

Ellison admitiu que foi atribuído um nome demasiado comprido, mas isto é pelos seus amplos recursos para garantir a integridade dos dados naqueles processos que por norma as empresas não têm em conta, ate que ocorre um desastre.

Finalmente, é notável o novo lote de atualizações que foram adicionadas à Oracle Big Data Appliance, como ter uma maior segurança e a integração com outras soluções como o Oracle Database Firewall.

Em suma, Larry Ellison quis destacar a importância da inovação como parte das transformações tecnológicas, não só do lado das empresas, mas nas economias dos países e das pessoas.

Pablo Fernandez

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