Opiniões muitas vezes potenciadas por perfis que outra coisa não fazem senão criticar. Criticar tudo. E mais alguma coisa.
E, o mais engraçado (ou só parvo, vá), é que essas almas não fazem ideia o que é o Pokémon Go. Nunca o instalaram, nunca o jogaram e nem sequer entendem a lógica do jogo.
E, sobretudo, não conseguem ver, eles sim, para além de um monitor com umas criaturas prontas a serem apanhadas por uma bolas.
Pensem que esta mesma tecnologia que está a ser usada no Pokécoisas vai, acreditem, ser fundamental na área da saúde. E no apoio a idosos. Usada no imensa indústria da logística. E na prevenção de desastres. E que estas e outras tecnologias que tanto criticam, embebidas em jogos tão imaturos e infantis como o Pokémon, vão ajudar a fornecer metadados para antever (bendita analítica!) cenários apocalípticos. Como prever um tsunami. Ou a erupção de um vulcão.
Lembrem-se que, um dia, a georreferenciação, o mapeamento, o 3D, a realidade aumentada vai ajudar um invisual a ser guiado de forma segura por uma cidade. Aliás, a Fujitsu já tem isto há anos no seu laboratório em Kawasaki, no Japão. Mas ainda não é uma tecnologia que tenha atingido uma escala que lhe permita ser comercializada. Algo que pode acontecer caso as tecnologias dos tais Pokémon que os imbecis usam se tornem “mainstream”. E, logo, mais baratas.
E agora, digam-me lá: não colecionaram cromos? (Até os do ultimo Mundial, com a desculpa que era para os vossos filhos?)
Então expliquem-me que inteligência pode haver no facto de andar a gastar rios de dinheiro a comprar carteiras e mais carteiras de cromos para apanhar “o tal” do cromo raro. E colar numa caderneta. Não entendo. Que diferença faz em andar a apanhar Pokémon e “colar” no Pokédex?
Vá lá, deixem-se de “Pokécenas” e abracem este novo mundo que tem tanta coisa boa para nos oferecer.
Bom era andar com a bolinha de trapos? Era sim. E os carrinhos dos rolamentos? Era maravilhoso.
Mas o mundo evolui. E temos que lidar com ele, sabendo que há novos perigos, novas ameaças e, obviamente, tem de haver o dobro (triplo?) do cuidado. Há, sobretudo, que ter respeito. E pensar que mesmo nós, neste cantinho tão bem plantado à beira mar, não somos imunes a ameaças.
Mas isso não quer dizer que seja preciso voltar à bola de trapos. Porque sabem qual era a esperança de vida nos anos 70? Era de 64 anos nos homens e 70,3 anos nas mulheres. E em 2014? Era de 77 anos nos homens e 83,2 nas mulheres. Quanto a vocês, não sei. Mas se tudo isto – e desenganem-se se pensam que estou a falar do Pokémon – tiver impacto na vida dos meus, bem que vou ali apanhar uns bicharocos.
Pronto. Agora podem criticar à vontade, que estão no vosso direito. Mas desculpem se eu não responder logo. Vou jogar Pokémon.
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