OLAmobile: Ásia já cresce mais que América Latina em marketing móvel

A especialista em mobile marketing OLAmobile, que está a expandir as operações em Portugal, fez uma aposta séria na América Latina. Mas há alguns obstáculos que estão a limitar o crescimento e a justificar que a Ásia seja agora a região com maior volume.

Luís Garcia, diretor de projetos da OLAmobile, explica à B!t que um dos problemas é a regulação apertada. A empresa começou em 2011, em Luxemburgo e em Portugal, e abriu depois escritório na Roménia, para o desenvolvimento de software. Passaram a apostar nos mercados mais maduros da Europa. “Depois, para crescermos, tínhamos que atacar mercados com maior volume. Optámos pela América Latina: México, Brasil, Argentina, Colômbia. São mercados onde somos bastante ativos”, refere o responsável.

No entanto, é na região da Ásia-Pacífico que está o crescimento mais explosivo.

“Na América Latina há cada vez mais regulação”, adianta, referindo que o caso dos serviços de subscrição de conteúdos é diferente das aplicações móveis, porque o mercado é mais regulado.  “As operadoras muitas vezes querem controlar as campanhas e as criatividades”, indica.

Por outro lado, há mercados em que o utilizador só tem de confirmar uma vez para subscrever um serviço: clica num botão e fica subscrito. Mas há outros em que os reguladores ou operadores “exigem que seja um ‘double opt-in‘, em que se tem de fazer uma dupla confirmação.” Isto tem um efeito perverso para empresas de marketing móvel: “o utilizador fica mais consciente do que vai comprar e isso afeta as taxas de conversão.”

Na Ásia, os volumes são mais elevados, fruto da emergência de classes médias que dão prioridade à aquisição de smartphones – todas as estatísticas indicam que está a crescer. “Isso tem tido um impacto bastante grande na nossa atividade”, refere Luís Garcia. Desde o ano passado que grande parte das campanhas OLAmobile se desviou para países como a Índia, a Indonésia, Bangladesh, Tailândia ou Malásia. “Estão a crescer muito em serviços de subscrição de conteúdos móveis, não tanto em apps. São mercados em que conseguimos excelentes taxas de conversão e há muito volume”, resume o responsável.

Em Portugal, a empresa está a crescer e a contratar, pretendendo chegar ao final do ano com cerca de 60 colaboradores. A empresa especializa-se na aquisição de clientes e performance marketing,  focados na promoção de produtos para dispositivos móveis – como aplicações ou serviços de subscrição de conteúdos de entretenimento.