Oculus processada por roubo de tecnologia

A fabricante de óculos de realidade virtual Oculus foi processada pela ZeniMax, por alegadamente ter-se apropriado ilegalmente de tecnologia patenteada e pelo roubo de segredos comerciais para o desenvolvimento dos seus óculos Rift. A produtora de jogos de vídeo disse que as violações rondam os milhares de milhões de dólares.

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De acordo com a queixa submetida ontem pela ZeniMax num tribunal no Texas, a Oculus maliciosamente apoderou-se de sequências de código de computador registadas, segredos comerciais e conhecimento técnico, e aplicou-os sem o devido consentimento da ZeniMax, ferramentas estas que tem utilizado no desenvolvimento dos seus óculos de realidade virtual Rift.

Poucas semanas após o Facebook ter, em março, revelado as suas intenções para adquirir a Oculus por dois mil milhões de dólares, a ZeniMax enviou cartas para ambas as empresas acusando John Carmack, um programador que deixou a empresa em novembro do ano passado, de partilhar informação confidencial e tecnologia patenteada com a Oculus, onde ocupou o cargo de diretor de tecnologia.

“Não podemos ignorar a exploração ilegal de propriedade intelectual que nós desenvolvemos e que nos pertence, nem vamos permitir que apropriação indevida e qualquer outra infração saiam impunes”, assegurou o diretor executivo da ZeniMax Robert Altman.

No processo submetido, a Oculus é também acusada de, com a ajuda de Carmack, ter contratado vários antigos funcionários da ZeniMax que estavam na posse de dados confidenciais relativos aos projetos da empresa e às suas tecnologias.

Por seu lado, a Oculus declarou que “a ZeniMax não contribuiu para nenhuma tecnologia” da empresa. “A Oculus vai defender terminantemente as suas reivindicações”.