Segundo a consultora, 2015 terá sido o último ano em que o mercado de smartphones registou crescimentos significativos, acima dos 10%. Para 2016, a previsão é de uma subida modesta de 5,7% para 1,5 mil milhões de unidades. Este avanço de apenas um dígito vai manter-se até 2020.
O problema é que a China juntou-se aos outros mercados maduros, Estados Unidos e Europa, com crescimentos modestos, enquanto a Índia, Indonésia, Médio Oriente e África continuam em alta. “O abrandamento do mercado maduro tem graves consequências para a Apple, tal como para os modelos Android topo de gama, visto que estes foram os mercados que absorveram a maioria dos dispositivos premium nos últimos cinco anos”, frisa o diretor de programa do Worldwide Quarterly Mobile Phone Tracker da IDC, Ryan Reith. O analista refere que o novo programa da Apple para trocas do iPhone, que permite ao utilizador ir buscar a última versão todos os anos, tem como propósito dinamizar mercados com elevados níveis de penetração do telemóvel.
Por outro lado, a IDC espera que a tendência dos ecrãs de grandes dimensões continue, com os ‘phablets’ a representarem agora 20% das vendas.
A plataforma da Apple não deverá crescer este ano. A IDC projeta que as subidas das vendas de iPhones só deverão acontecer em 2017, à medida também que a Apple alargar o programa de upgrades a outros mercados. A consultora nota que 2015 foi um ano “tremendo” para a marca, com um novo recorde de 231,5 milhões de iPhones vendidos, mais 20,2% que em 2014.
As vendas totais deverão atingir os 1,25 mil milhões de unidades este ano, com uma quota de mercado de 82,6%. Será uma subida de 7,6% em relação a 2015. A IDC indica que as grandes oportunidades em termos de volume estão no segmento low-cost, e que no ano passado apenas 14% das vendas ficaram acima dos 400 dólares. Este é um aspeto preocupante para os fabricantes, já que as margens de lucro são muito baixas e há cada vez mais marcas locais.
As vendas de smartphones Windows caíram 18% em 2015, para 11,1 milhões de unidades, com 95% desse volume a vir dos aparelhos Nokia (cuja marca já foi descontinuada). A projeção para este ano é de 1,6% de quota de mercado e 23,8 milhões de unidades vendidas. Os dados da IDC podem ser consultados aqui.
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