* em Viena, Áustria
Em dezembro do ano passado, a norte-americana Nutanix resolveu preencher a papelada para uma proposta de Oferta Pública Inicial (IPO). Mas o mercado não estava particularmente favorável para outras empresas de tecnologia que se tornaram públicas e, por isso, havia que esperar. Finalmente, em setembro último, esta empresa de cloud empresarial acabou por finalmente se tornar pública, numa IPO que resultou em 16 dólares por ação. O que acabaria por ser mais do que os 11 a 13 dólares esperados. A Nutanix está, agora, a ser negociada em Nasdaq sob o símbolo NTNX.
Mas vamos conhecer um bocadinho mais a empresa, já que é a primeira vez que realmente escrevemos sobre ela. Até porque só muito recentemente é que a Nutanix tem presença em Portugal.
Fundada em 2009 por Dheeraj Pandey, que é atualmente o seu CEO, basicamente a Nutanix faz soluções hiperconvergentes onde o armazenamento, a computação e a virtualização convergem para servidores de commodities x86. Algo que a empresa norte-americana apelida de “infraestrutura invisível”.
Hoje, a empresa é composta por aproximadamente 1980 funcionários e mais de 3768 clientes. Com base do seu crescimento, a Nutanix teve direito a várias rodadas de financiamento bem-sucedidas por parte de empresas de capital de risco, incluindo uma rodada de financiamento Série E na qual arrecadou 140 milhões de dólares, catapultando esta empresa Unicórnio para uma avaliação de mais de 2 mil milhões dólares. Com a IPO a centrar-se nos tais 16 dólares por ação, a Nutanix foi agora avaliada em 2,2 mil milhões de dólares.
Para que serve a tal infraestrutura invisível? Serve para “descomplicar”, permitindo aos departamentos de TI focarem-se nas aplicações e serviços que potenciarem os seus negócios. A plataforma de Cloud Empresarial da Nutanix propõe-se potenciar a engenharia web-scale e o design orientado ao consumidor para convergir de forma nativa a computação, virtualização e armazenamento numa solução definida por software. Solução que garantem ser robusta e com capacidades de aprendizagem. Como resultado, é suposto os clientes obterem rendimento previsível, consumo de infraestrutura como cloud, segurança mais robusta e mobilidade nas aplicações para uma ampla gama de aplicações empresariais.
Este foi um pequeno resumo da empresa. Agora, vamos ao mercado.
A oferta pública inicial da Nutanix foi vista no meio como um ponto de viragem no mercado hiperconvergente. Se antes este mercado era composto por pequenas empresas privadas, agora passa a ser dominado por grandes fornecedores de armazenamento.
A recém-pública Nutanix continua a ser líder do mercado mas, dizem os analistas, a VMware tem mais clientes para o seu software de hiperconvergência virtual SAN (VSAN). Já a Dell EMC espera atacar o mercado em 2017 vendendo software VSAN e Nutanix em servidores PowerEdge. A Hewlett Packard Enterprise, Cisco e Lenovo estão a preparar os seus “ataques”. As três empresas vendem os seus servidores com software próprio ou de parceiros.
Mas os pequenos fornecedores privados de hiperconvergência, como SimpliVity, Pivot3 e Scale Computing não estão propriamente a dormir. Para além de terem os seus próprios projetos de IPO, podem tornar-se alvos de lucrativas aquisições para grandes fornecedores que ainda têm de dar o salto para a hiperconvergência, como é o caso da IBM ou da NetApp.
Em Viena, o compromisso com a Europa é notório. A empresa está a investir no velho continente e ainda recentemente anunciou ter reforçado a equipa de gestão da região EMEA. Hoje, cerca de 35% do negócio da Nutanix é já feito fora dos Estados Unidos.
A mensagem que Dheeraj Pandey trouxe a Viena não é mais do que clarificar que a Nutanix é a cloud… numa única “caixa”. Plataforma de cloud empresarial, servidores, equipamentos de data storage e software de virtualização numa única solução integrada. Ou seja, a tal da infraestrutura hiperconvergente.
Na sua apresentação, o CEO foi bastante claro ao afirmar que a cloud veio redefinir as expectativas das TI. Dheeraj Pandey garante que, agora, há uma maior rapidez no time-to-market, sendo possível desenvolver uma aplicação em apenas cinco minutos. Por outro lado, está agora mais facilitado o consumo fracionado das TI, há uma maior simplificação no seu acesso, mas também na sua gestão, o que aporta um maior nível de inovação continua.
Por outro lado, diz Dheeraj Pandey que a cloud vai poder servir os dois lados do cérebro. Ou seja, o lado esquerdo, que corresponde à nuvem pública, e que funciona em sistema de aluguer, e o lado direito, com a nuvem privada a ditar as regras.
De resto, Dheeraj Pandey diz que o tema convergência está longe de ter esgotado. Até porque, defendeu na conferência, esta convergência vai abraçar a computação tradicional e a própria IoT.
Sensibilidade e flexibilidade acabam por ser as palavras-chave da Nutanix.
Aliás, Sunil Potti, chief product and development officer de Nutanix, admite que o objetivo da companhia é converter a Nutanix Enterprise Cloud Platform em um standard para as empresas que queiram reduzir a complexidade das TI”.
Ou, como disse Rajiv Mirani. SVP, Engineering Nutanix, “tornem simples o que os clientes quiserem fazer” e “deem aos clientes o que eles precisam… antes de eles precisarem”.
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