Novabase cresce mais no estrangeiro do que em Portugal

O volume de negócios da Novabase subiu cinco por cento no primeiro trimestre deste ano, alcançando lucros líquidos de 1,9 milhões de euros. Neste período, o negócio nacional da empresa sofreu uma ligeira contratação, suficiente para que as suas operações passassem, pela primeira vez, a representar mais de metade do total das receitas.

As operações internacionais da Novabase, pela primeira vez, foram superiores às domésticas, gerando cerca de 52 por cento das receitas da empresa no primeiro trimestre, comparativamente aos 35 por cento no período homólogo de 2014. A subida de 23 por cento dos lucros líquidos alinha-se com as previsões da Novabase para 2015, que apontavam para um crescimento positivo apoiado nos negócios internacionais.

Em comunicado, Luís Paulo Salvado, diretor-geral da portuguesa Novabase, afirmou que o reforço das operações internacionais foi alimentado “pelo crescimento na Europa, representando este continente mais de metade da atividade não doméstica”. No início deste ano, o CEO dissera que era esperado que os negócios internacionais passassem a representar entre 40 e 45 por cento das receitas. Escusado será dizer que a empresa atingiu de sobremaneira o objetivo em vista.

O negócio de serviços da Novabase subiu 23 pontos percentuais, sendo que agora representa 77 por cento da totalidade da atividade da empresa. Por outro lado, o EBITDA aumentou 11 por cento, o que, de acordo com a empresa, reflete a estratégia operacionalizada nos fins de 2014, que passava pela “reestruturação com o objetivo de melhorar a competitividade nas operações domésticas e libertar recursos para o esforço de internacionalização”, explicou a empresa.

O primeiro quartel do ano ficou pautado também pela inauguração de um escritório em Talatona, visto que a Novabase tem registado um crescimento favorável no mercado angolano e pretende capitalizar as oportunidades existentes e continuar a fortalecer-se no país.

O negócio de Business Solutions foi o que mais cresceu a nível internacional, uma subida de 57 por cento face aos 36 por cento de 2014. O segmento de IMS (Infrastructure & Managed Services) cresceu 42 por cento para lá das fronteiras do mercado português (33 por cento no primeiro trimestre de 2014), e o ramo de Venture Capital subiu 64 por cento, contra os 41 por cento de 2014.

A nível de colaboradores, durante o primeiro trimestre do ano, a Novabase aumentou em cinco por cento a sua equipa, que contém agora 2393 membros. Este reforço traduziu-se notoriamente na área de Business Solutions.

Entre o primeiro dia de janeiro e 31 de março, a Novabase perdeu sete por cento do seu valor de mercado, evidenciando uma contração do mercado nacional que afetou esta dimensão geográfica dos negócios da empresa. Esta queda no setor português não surge como uma surpresa para a Novabase, que apontava, já no final de 2014, a proa do navio para o teatro internacional. “A prioridade é a internacionalização”, dizia Luís Paulo Salvado aquando de uma conferência de imprensa em fevereiro deste ano.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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