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Nova set-top box da Google: verdade ou mero rumor?

A Google deverá hoje revelar o seu novo descodificador de sinal televisivo, no decorrer da sua conferência I/O para programadores em São Francisco, na Califórnia. O dispositivo deverá assemelhar-se a aparelhos análogos, como o Roku, o Fire TV da Amazon e o Apple TV da tecnológica liderada por Tim Cook.

De acordo com fontes do Wall Street Journal próximas do assunto, o descodificador (set-top box) será potenciado pelo sistema operativo Android TV da Google, desenhado para poder reproduzir filmes, jogos e outros conteúdos no aparelho televisivo.

No entanto, segundo o WSJ o descodificador será comercializado sob outra marca que não a do maior motor de pesquisa do mundo sob a chefia de Larry Page.

Várias são as empresas do setor tecnológico que têm estado a batalhar por um pedaço de terreno na esfera dos serviços televisivos, visto que cada vez mais os utilizadores consomem conteúdos nos seus dispositivos móveis, em detrimento de máquinas como a televisão ou o computador pessoal.

A Amazon trouxe em abril à luz do dia o Fire TV, um aparelho de emissão de vídeo no qual depositou as suas esperanças para uma recuperação do crescimento do seu negócio nuclear de retalho online.

Em dezembro de 2012, a Google vendeu o seu segmento de fabrico de descodificadores de sinal televisivo Motorola Home à Arris por uma quantia de 2,35 mil milhões de dólares.

Rumoreja-se que este novo descodificador poderá ser controlado através de smartphones e tablets Android, mas diz-se que outros dispositivos vão também poder aceder à set-top box.

A estratégia  televisiva da Google aparente ser bastante semelhante à que pôs em marcha para o seu segmento de telemóveis, uma vez que vai fornecer programas informáticos críticos às fabricantes de hardware para potenciarem a sua aparelhagem.

Esta, contudo, não de forma alguma a primeira vez que a Google tenta beber do lago dos serviços de televisão. A empresa tem há já quatro anos disponibilizado as suas ofertas recorrendo a fabricantes como a Logitech, a Sony ou a Asus. E em 2012 a Google exibiu ao mundo o Nexus Q, um reprodutor multimédia de fabrico-próprio que não mais que um tiro no pé, tendo em conta que nunca chegou a alcançar a produção massiva.

Pode, então, dizer-se que a única manobra bem sucedida da Google nesta âmbito foi mesmo o Chromecast, um recetor de sinal de 35 dólares que permite que os utilizadores possam assistir a vídeos da Internet nos smartphones, tablets e computadores que operem o motor de pesquisa Chrome como uma ferramenta de navegação.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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