Ainda que de forma menos acentuada, as receitas da empresa cresceram 3,2 por cento, para 355,9 milhões de euros, em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Já o EBITDA (resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos) ascendeu a 138,5 milhões de euros, voltando a crescer face ao período homólogo, com uma variação de 3,6 por cento. No segundo trimestre de 2014, este valor tinha sofrido uma quebra de 4,8 por cento.
Segundo informou a operadora liderada por Miguel Almeida, em comunicado, estes valores são “resultado do crescimento de todas as linhas de negócio e de claros ganhos de quota de mercado nos diversos segmentos”.
O investimento (CAPEX total) registou um crescimento anual de 15,5 por cento para 102,4 milhões de euros, no segundo trimestre de 2015, devido ao plano de expansão de rede e à aceleração do investimento comercial. De acordo com o comunicado enviado pela NOS, este aumento reflete o forte compromisso da empresa em levar as suas redes de nova geração a todo o país.
A dívida financeira situou-se nos 1,092 milhões de euros, “2,1x o EBITDA, um rácio conservador face ao mercado”, segundo a operadora portuguesa.
No mesmo documento, pode ler-se que a empresa bateu o recorde de “serviços angariados”, tendo ultrapassado a barreira dos oito milhões de clientes. A NOS considera assim que “este foi o melhor trimestre de sempre”, destacando um “forte desempenho da área móvel e dos serviços fixos de televisão, internet e telefone”.
Outro progresso que animou o grupo de comunicações foi o crescimento homólogo de 1,9 por cento na sua base de clientes de televisão, que superou os 1,5 milhões de subscritores, sendo que angariou 13,9 mil clientes entre abril e junho deste ano.
A NOS diz ter registado “adições líquidas em todos os serviços de telecomunicações: televisão por subscrição, de acesso fixo e por DTH, banda larga fixa, voz fixa e serviços móveis, pré-pagos e pós-pago”. Na base deste crescimento, terá estado a oferta em pacotes.
No final do último trimestre, a empresa conta com 509,8 mil clientes de serviços convergentes, mais 2,5 vezes do que em igual período de 2014.
No que diz respeito à banda larga fixa e voz fixa, a NOS registou a adesões líquidas de 39,5 mil e 59,6 mil clientes, respetivamente, totalizando 1,067 milhões e 1,55 milhões de clientes.
Quanto ao segmento móvel, a empresa também releva “um forte crescimento motivado pelas ofertas convergentes”, com uma variação de 13,7 por cento no número de subscritores, para os 3,86 milhões.
Miguel Almeida, o CEO da NOS, declarou em comunicado que “os resultados do segundo trimestre deste ano foram muito significativos. Num contexto desafiante, sem abrandamento da pressão concorrencial e em reta final do processo de integração a decorrer, atingimos níveis de performance financeira e operacional, absolutamente extraordinários. Registamos ganhos de quota de mercado, mantivemos a intensidade do nosso plano de investimento e criamos muito valor para os nossos clientes”.
Ações atingem máximos de 2008
Os resultados acima das expetativas divulgados pela empresa esta terça-feira animaram a bolsa nacional. O PSI sobe 0,33 por cento, para 5.678,44 pontos.
As ações da NOS estão a valorizar 3,6 por cento, para 7,7920 euros. Mas, esta manhã, escreve o Jornal de Negócios, os títulos chegaram a valorizar 4,02 por cento, alcançando um novo máximo de maio de 2008, nos 7,823 euros.
Segundo o mesmo jornal, só nas primeiras duas horas de negociação, trocaram de mãos quase 200 mil títulos do grupo, sendo que a média diária dos últimos seis meses não passa muito além dos 800 mil.
Numa nota de análise do CaixaBI, citada pelo Jornal de Negócios, os resultados superaram as estimativas, nomeadamente ao nível do resultado líquido. “Os resultados foram sólidos, com a empresa a registar adições líquidas em todos as áreas do segmento Telco, com as receitas a acelerarem o nível de crescimento e o EBITDA a registar uma subida face ao período homólogo”, disse a casa de investimento.
Noutra nota de análise a que o jornal teve acesso, os analistas do espanhol BBVA atribuíram a recomendação de “outperfom” à operadora, o que significa que as ações vão ter um melhor desempenho do que o resto do mercado, e um preço-alvo de 9,5 euros.
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