A Nokia comunicou resultados do segundo trimestre de 2014 que surpreenderam os acionistas, e aumentou as previsões para as suas margens lucrativas anuais, potenciadas pela intensificação da procura, por parte de operadores de redes, de soluções que permitam um maior suporte ao crescente tráfego de dados móveis.
A tecnológica finlandesa, que em abril vendera o seu outrora rentável negócio de telemóveis à Microsoft, ficou fortemente dependente de um segmento de equipamentos de rede mobile que no segundo trimestre sofreu uma quebra de oito por cento.
Esta queda em muito deveu-se a irregularidades de moedas estrangeiras e à escassez de investimentos. No entanto, a Nokia disse que espera que o crescimento seja restituído às vendas dos seus equipamentos de network ainda no segundo semestre deste ano, altura durante a qual a empresa vai procurar por fim a contratos que não estejam a atingir a rentabilidade pretendida.
Desta forma, e dada a crescente procura por equipamentos de network com grande capacidade, a Nokia aumentou as estimativas para os rendimentos gerados pelo seu segmento de redes, afirmando que a sua margem operacional este ano deverá encontrar-se entre os cinco e os dez por cento, podendo chegar a ultrapassar ligeiramente o limite superior.
Mikael Rautanen, analista na Inderes, disse que os resultados comunicados pela Nokia são em tudo positivos, e denotam um futuro positivo para a empresa.
As ações da Nokia, na manhã de hoje, subiram 7,7 por cento para 6,16 euros cada, o valor mais elevado desde março de 2011.
Contudo, esta intensa procura por networks não beneficiou só a Nokia, visto que a sua rival sueca Ericsson e a chinesa Huawei também elas esperam vir a tirar partido desta tendência de mercado motivada pelo crescente volume de dados originados por dispositivos móveis.
No trimestre terminado no passado mês de junho, os lucros operacionais do segmento de networks, que representam agora 90 por cento do volume de negócios da Nokia, atingiram os 281 milhões de euros, resultado que embora reflita uma queda de 14 por cento, não deixa de ser um valor superior aos 197 milhões de euros estimados pelos analistas. Adicionalmente, havia sido previsto que a margem operacional do segmento de redes da finlandesa ficar-se-ia pelos 7,7 por cento, mas a Nokia avançou uma margem operacional de 11 por cento.
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