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Netflix vai bloquear utilizadores que usem proxies

A medida chega uma semana depois de a Netflix ter anunciado a expansão para mais 130 países, muitos dos quais não terão acesso a séries como “House of Cards” e “Orange is the New Black”, tal como Portugal.

“Se todo o nosso conteúdo estivesse disponível globalmente, não haveria motivo para que os assinantes usassem proxies ou ‘desbloqueadores’ para enganar os nossos sistemas quanto à região em que estão”, escreveu o vice presidente de arquiteturas de distribuição de conteúdos da empresa, David Fullagar, num post publicado hoje no site da Netflix.

Quando a empresa começou a investir em conteúdos próprios, o licenciamento de séries em países onde não estava presente serviu para financiar esses esforços. Agora, os contratos dificultam a homogeneidade da oferta mundial. Há ainda questões com outros produtores de conteúdos. “Estamos a fazer progressos nas licenças em todo o mundo”, refere o responsável, “mas ainda temos um caminho a percorrer antes de podermos oferecer a toda a gente os mesmos filmes e séries de televisão.” Entretanto, a Netflix pretende manter-se isenta de problemas legais por causa do licenciamento, e é por isso que está a anunciar um reforço das medidas de fiscalização.

David Fullagar indica que a Netflix usa o mesmo tipo de tecnologia a que outras empresas recorrem para evitar estes casos, e que a mesma tem evoluído. “Nas próximas semanas, aqueles que utilizam proxies ou ‘desbloqueadores’ só poderão aceder ao serviço do país no qual estão neste momento”, escreve o executivo. “Estamos confiantes que esta mudança não terá impacto nos membros que não utilizam proxies.”

O serviço de televisão via internet, que agora totaliza 190 territórios em todo o mundo, prepara-se para lançar várias novas temporadas de séries originais, caso de “Demolidor 2” (Marvel) e “Unbreakable Kimmy Schmidt 2”, além de estreias como “Chelsea Does”,  “Love” e “Fuller House”. Os novos conteúdos originais serão lançados em todos os territórios a partir de agora.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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