Negócio Azure da Microsoft dispara 116% no trimestre
A receita total da Microsoft não cresceu muito no seu primeiro trimestre fiscal, que acabou em setembro, mas houve um segmento que se destacou nesse período: a nuvem. Só a plataforma Azure disparou 116%.
A divisão de “nuvem inteligente”, que engloba também o SQL Server e serviços enterprise, entre outros, cresceu 8,3% para US$6,38 bilhões, acima do que era esperado pelos analistas. Como consequência, as ações da Microsoft subiram mais de 6% nas trocas fora de horas, adicionando US$ 25 mil milhões ao valor da companhia.
“Não estamos apenas a construir ou modificar o TI”, disse o CEO Satya Nadella numa conversa com analistas, referindo que os clientes “estão a construir novos serviços digitais para a hiperescala.”
Nadella sublinhou que não são apenas as startups em Silicon Valley, são também as grandes corporações que se estão a transformar em empresas digitais. “E nós estamos bem posicionados para as servir”, garantiu.
De notar, no entanto, que a “nuvem inteligente” sofreu uma redução de 14% nos lucros operacionais, para US$ 2,1 mil milhões.
A receita total da empresa cresceu 3% para US$20,5 mil milhões, enquanto o lucro líquido caiu 4% para US$ 4,7 mil milhões.
Outro destaque do trimestre, além da nuvem, foi o crescimento de 38% das receitas da família de tablets Surface. Isto contrariou o declínio de 2% na divisão de Computação Pessoal, que alcançou os US$ 9,3 mil milhões. Aqui, o principal problema foi a queda de 72% nas receitas de telemóveis e de 5% na consola de jogos Xbox.
Ainda assim, as vendas de Windows OEM Pro subiram 1%, e a receita não-Pro caiu apenas 1% – tudo isso num momento em que o mercado de PC desce todos os trimestres. De acordo com a consultoria IDC, as vendas mundiais de PC caíram 3,9% no trimestre de setembro.
Por outro lado, a receita com o browser Bing subiu 9% e o segmento de produtividade melhorou 6%. O Office avançou 5% no segmento comercial e 8% no consumo. Já o 365 comercial disparou 40%.