A empresa japonesa caracteriza a nova tecnologia como “adaptativa e autónoma”, aspetos que lhe permitem ser suficientemente flexível para se moldar a cenários imprevistos que podem prejudicar o ótimo funcionamento dos sistemas de gestão de infraestruturas. A NEC afirma, em comunicado, que o desenvolvimento desta solução foi baseado “nos processos de adaptação utilizados pelos organismos vivos, para responder a mudanças ambientais”.
Esta tecnologia, de comunicação machine-to-machine, procura alcançar, de forma dinâmica, a otimização dos serviços, assegurando a eficiência, conforto e segurança dos mesmos, em caso de condições adversas inesperadas. A NEC realizou uma simulação, em tempo-real, através da qual procurou melhorar a estratégia de alocação de táxis para dar resposta à procura. A empresa afirma, em nota, que conseguiu incrementar o número de clientes atendidos em mais de 10 por cento.
Noutro cenário, a nova solução da NEC foi capaz de alcançar uma poupança energética de cerca de 10 por cento, em escritórios e residências. A empresa diz que esta economia não comprometeu o conforto dos seus habitantes.
O líder dos Laboratórios de Investigação de Sistemas Cloud da NEC, Motoo Nishihara, afirma que a nova solução pode, por exemplo, atuar no sentido de gerir o congestionamento rodoviário em zonas densamente povoadas e disponibilizar uma maior quantidade de transportes quando a necessidade assim o exige.
“No futuro, a NEC irá trabalhar no desenvolvimento de tecnologias de atuação (controlo e orientação) com base em big data”, assegura Nishihara.
A tecnologia desenvolvida pela fabricante nipónica permite segmentar um sistema de gestão em vários subsistemas, cada qual com controlo, dinâmico e autónomo, sobre as suas próprias operações. Desta forma, de acordo com a NEC, será mais fácil obter um sistema mais eficiente, pois o seu controlo é feito ao nível dos subsistemas que o compõem.
Esta arquitetura ramificada permite que um sistema de grandes dimensões possa adaptar-se devidamente a eventuais mudanças. Além disso, se um dos subsistemas sofrer alguma falha ou, por alguma razão, estiver inoperacional, o sistema continua a funcionar, apoiando-se nos restantes subsistemas. Desta forma, os serviços veiculados por este sistema continuam a ser disponibilizados, mesmo em caso de falhas inesperadas.
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