MWC | Xiaomi lança smartphone Mi5 com olhos postos no ‘mercado global’

Muitas das especificações do Mi5 já tinham sido avançadas antes do lançamento: ecrã de 5,15 polegadas, leitor de impressões digitais, câmara traseira de 16 megapixéis e frontal de 4MP. É o primeiro smartphone da Xiaomi com botão ‘home’ físico e introduz uma curvatura semelhante ao Mi Note, outro modelo da marca chinesa.

A apresentação foi feita pelo vice-presidente internacional da Xiaomi, o brasileiro Hugo Barra, que em 2013 trocou a Google no Reino Unido pela startup chinesa avaliada em 41 mil milhões de euros. “Este é um dia histórico para a Xiaomi, com o primeiro evento de média na Europa.” A marca tem estado confinada ao mercado doméstico, China, e está agora a apostar também na Índia, onde há grande apetência por smartphones com estas características: design refinado, hardware de alto desempenho e preços modestos. O Mi5 vai custar algo como 280 euros na versão standard e 375 euros na versão Pro.

Com processador Snapdragon 820 da Qualcomm, tal como outros topos de gama que foram anunciados em Barcelona, o consumidor poderá escolher três versões do smartphone: um a 1.8GHz, 3 gigas de RAM e 32 gigas de armazenamento, outro a 2,15GHz e 64 gigas de memória interna e ainda o Pro, com corpo de cerâmica, 4 gigas de RAM e armazenamento de 128 gigas.

Em 2015, a Xiaomi vendeu 70 milhões de smartphones, um marco incrível para uma empresa com seis anos que ainda não entrou na Europa nem nos Estados Unidos. Mas talvez o Mi5 seja o bilhete de entrada nos mercados ocidentais: embora Hugo Barra tenha dito que os planos para já são de lançamento na China a 1 de março e depois na Índia, ficou em aberto uma chegada “a outros mercados globais.” Só com o mercado doméstico, a Xiaomi já chegou a quinta maior marca do mundo, em termos de volume, de acordo com os dados das consultoras IDC e Gartner. Uma posição que a francesa Wiko cobiça – o presidente Laurent Dahan expressou o objetivo de ser a quinta maior marca em 2020.

Além de Barra, a Xiaomi levou a palco o presidente da Qualcomm, Derek Aberre, para demonstrar quão séria é a sua aposta em inovação e desempenho.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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