Mulheres na tecnologia: apenas 10% ocupam lugares de topo nas áreas STEM

O sector tecnológico continua a enfrentar desigualdades estruturais que moldam as oportunidades de carreira e a cultura do local de trabalho.

No âmbito da celebração do Dia Internacional da Mulher, a Kaspersky está a lançar “As regras do jogo das TI: O que é aceitável ou não para si?”.

Trata-se de um teste interativo, semelhante a um jogo, que analisa os obstáculos visíveis e invisíveis que impedem a progressão na carreira tecnológica das mulheres e de outros grupos sub-representados do setor.

Este teste solicita aos utilizadores que escolham as barreiras de género e de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal que estariam dispostos a enfrentar no local de trabalho. O projeto visa sensibilizar os colaboradores para o impacto que estas barreiras têm, não só nas carreiras individuais, mas também na indústria em geral, oferecendo formas de as enfrentar.

O sector tecnológico continua a enfrentar desigualdades estruturais que moldam as oportunidades de carreira e a cultura do local de trabalho.

Desde as disparidades salariais até às dificuldades de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, estas barreiras influenciam a forma como os profissionais – especialmente os grupos sub-representados, incluindo as mulheres – progridem nas suas carreiras.

Apesar dos debates em curso sobre a diversidade, os números contam uma história diferente: em termos globais, as mulheres ocupam apenas 10% dos cargos de topo nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), em comparação com 25% noutras áreas.

Porém, Portugal tem-se destacado na igualdade de género no mercado de trabalho em Ciências e Tecnologias. Segundo um estudo do Eurostat, as mulheres representam cerca de 52% dos profissionais nestas áreas, com as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores a destacarem-se, alcançando cerca de 60%.

O teste interativo da Kaspersky incentiva os participantes a repensar nos desafios que estão dispostos a tolerar.

Os utilizadores navegam no teste e escolhem aquele desafio que consideram menos significativo – essencialmente, a barreira que estão mais dispostos a tolerar. Através de uma série de escolhas, o teste revela gradualmente qual o obstáculo no local de trabalho que os participantes estão mais dispostos a tolerar, ilustrando simultaneamente as razões pelas quais não deve ser ignorado.

No final do teste, os utilizadores recebem informações sobre a forma como este desafio afeta a indústria tecnológica, sustentado por dados do mundo real e pelas opiniões de especialistas. Ao realçar o seu impacto real no crescimento da carreira e na indústria, o teste ajuda os utilizadores a reconhecer a necessidade de mudança e oferece conselhos práticos para a promover.

“Abordar as barreiras no local de trabalho não tem apenas a ver com experiências individuais – tem a ver com a criação de um ambiente profissional onde os colaboradores podem crescer e ter sucesso com base nas suas competências e contribuições. Quanto mais falarmos sobre estes desafios e tomarmos medidas concretas para os enfrentar, mais nos aproximamos de um sector tecnológico mais justo e inclusivo”, revela Maria Losyukova, diretora de ESG da Kaspersky.