O Cars Online foi baseado em inquéritos realizados a 8.000 consumidores do Brasil, China, França, Alemanha, Itália, Índia, Reino Unido e dos Estados Unidos.
A 17ª edição do estudo da Capgemini, intitulada “Beyond the car” conclui que mais de metade dos inquiridos (56%) considera que os serviços de mobilidade colaborativa, tais como, e entre outros, a Uber, a Didi e a BlaBlaCar, são complementares à aquisição de um novo veículo. Esta perceção é mais acentuada entre os consumidores mais jovens, com idades compreendidas entre os 18 e os 34 anos (64%), e nos mercados emergentes como a China (77%) e Índia (63%).
Além disso, dois terços dos consumidores (66%), que considera que as marcas dos veículos são um fator importante na sua escolha. Estes resultados sublinham o quanto estas iniciativas se podem vir a a ter um papel relevante no novo ciclo de vendas do setor automóvel.
“Estamos a viver uma “idade de ouro” nas vendas de automóveis. No entanto, é claro que esta fase não vai durar para sempre. Os fabricantes automóveis estão cientes de que precisam de reagir às constantes mudanças nos hábitos dos consumidores para conseguirem tornar o crescimento sustentável. Ao terem a ambição de se tornarem líderes no car-sharing e de ampliarem o espaço da mobilidade automóvel, os fabricantes irão não só aumentar o reconhecimento das suas marcas, como, ao mesmo tempo, irão estabelecer um novo tipo de relacionamento com os consumidores, no que concerne à sua decisão sobre a marca do próximo automóvel que irão comprar”, afirma Kai Grambow, Global Head of Automotive da Capgemini.
Quanto à condução autónoma, 81% dos consumidores inquiridos revelou-se disposto a pagar um custo adicional para poder dispor de funcionalidades avançadas de condução assistida no seu automóvel.
A cibersegurança é outro tema que preocupa os consumidores. Em 2015, um terço dos inquiridos estava preocupado com a cibersegurança mas hoje, 68% afirma que a sua decisão de compra automóvel terá em conta os níveis de proteção a ciberataques.
Há cada vez mais consumidores interessados em comprarem automóveis aos fabricantes tecnológicos. Assim, 57% dos inquiridos demonstrou ter interesse em comprar veículos da Google ou a Apple.
A preocupação com a privacidade dos dados está a diminuir à medida que os consumidores adotam os dispositivos conectados e percebem que o risco é compensado pelas vantagens de intercâmbio dos dados, de uma maior personalização e melhoria dos serviços. A maioria dos inquiridos revelou-se disponível para partilhar os dados do seu automóvel (89%) e os dados do condutor (76%) enquanto o veículo estiver conectado. Na edição anterior do estudo apenas 80% dos inquiridos se manifestou disponível para partilhar livremente os seus dados e os do seu automóvel.
Por outro lado, modelo de venda tradicional está a ser desafiado pela procura crescente de showrooms digitais, os consumidores procuram cada vez mais métodos alternativos de acesso e consulta de informação sobre as marcas e os concessionários, como por exemplo apresentações dos automóveis em realidade virtual (62%), live chats (43%) e vídeo blogs de outros clientes(36%).
A versão completa do estudo está disponível aqui.
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