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Mobilidade para o futuro das empresas

A IDC apresentou o seu estudo “Melhores práticas e estratégias de mobilidade corporativa”, onde foi analisado de que forma a tendência da mobility está a reconfigurar os negócios e as organizações.

Na voz de Gabriel Coimbra, Country manager da IDC Portugal, a consultora avançou que a mobilidade é uma tendência que veio para ficar, e que poderá (ou mesmo deverá) atuar como elemento reformulador da forma através da qual operam as empresas.

Uma das mais relevantes conclusões apontadas pelo estudo concerne ao facto de a mobilidade oferecer uma multiplicade de novas oportunidades, que fomentam e expandem os negócios, e as próprias empresas. Contudo, é premente que existam estratégias que visem a devida integração de todos os processos que envolvem mobility no core dos negócios da empresa.

Sérgio Ferreira, Diretor da Divisão de Negócios Empresariais da Samsung Electrónica Portuguesa, focou a sua apresentação na “Geração Y”.

Uma geração que cresceu com base na tecnologia, ou seja, quando entrar no mercado de trabalho quer conviver com essas ferramentas tecnológicas, exigindo que assim o workspace tenha de estar equipado com as mais eficientes soluções tecnológicas.

Para o executivo existem alguns fatores importantes no que toca a esta geração, destacando-se as barreiras entre corpo executivo e funcionários, a aprendizagem e a liberdade.

No que toca aos restantes pontos, são a principal diferença entre esta geração e a anterior, enquanto os da antiga querem encontrar um trabalho para a vida, a nova já não pensa assim. Os jovens têm imensa vontade de aprender , e querem aprender tudo o que a empresa lhes queira ensinar, mas quando vêem que já aprenderam tudo, sentem a vontade de seguir outro rumo onde possam evoluir ainda mais.

Os jovens precisam de liberdade para ter motivação. Antes era preciso o controlo dentro da empresa, mas na “Geração Y” a liberdade é a verdadeira motivação. Cada vez mais são precisas aplicações e ferramentas que a juventude conhece e utiliza, e não reuniões feitas em salas sufocantes, preferindo-se as novas plataformas de comunicação digital.

Um estudo feito pela Samsung mostra que 75 por cento das pessoas completa tarefas pessoais no tempo de trabalho e que 77 por cento completa tarefas de trabalho no seu tempo pessoal. Conclusão: a nova geração mistura o trabalho com a vida pessoal, enquanto que a antiga conseguia delinear uma separação bem vincada entre os dois domínios.

O dispositivo móvel está no centro desta mudança, pelo que a Samsung apresenta o KNOX, uma solução que permite fazer devidamente esta separação entre o universo pessoal e o profissional.

Seguidamente, tomou a palavra Sérgio Viana, Associate Partner e Microsoft Solutions Lead da XpandIT,  que abordou três cenários possíveis, as apps nativas, as de multiplataforma híbridas e ainda as de multiplataforma Xamarin.

A Xamarin é uma plataforma que permite desenvolver aplicações disponibilizadas em Windows, iOS e Android.

O último a falar antes do coffeebreak foi Pedro Coelho, Lead da Categoria de Computação Pessoal da HP, que começou por discursar sobre a mobilidade no que toca ao trabalho, sem ir ao escritório, e começar a fazê-lo remotamente, a partir de casa ou até de qualquer outro local. O impacto real no negócio passa por um aumento da produtividade.

Segundo o mesmo, a mobilidade é mal aproveitada, pois tendemos a focar-nos nas aplicações, sendo que os equipamentos, conetividade, software e infraestruturas são também importantes no que toca à mobilidade.

Respeitante à abordagem existem três etapas: a primeira passa por avaliar e desenvolver, a segunda definir as estruturas e a terceira estabelecer a arquitetura que suporta as aplicações.

Pedro Coelho deu quatro exemplos relativamente à tendência que é a mobilidade: o retalho, os serviços, a banca e a saúde.  Por exemplo, no caso dos serviços uma companhia aérea que trocou os seus assentos do avião para tirar o visor e fornecer tablets aos seus pilotos. No que toca a saúde um tablet pode ser usado para aceder a todo o historial do paciente e também um hospital móvel como a HP já utilizou.

Depois da pausa, passámos aos casos práticos, como o da Via Verde, do Novo Banco e da Samsung com a Seldata e a Leya.

A Via Verde, pela mão de Paulo Ferreira, mostrou a sua aplicação móvel, que tem várias funções desde as habituais até àquelas que permitem ao condutor calcular percursos e ver localizações de lojas e parques de estacionamento.

Falando do Novo Banco, o serviço Mobile da entidade bancária já é usado por 85 mil utilizadores, sendo um dos aspetos mais importantes o seu design, pois cada dispositivo exige um formato distinto de interface: um tablet, um Pc e um smartPhone não podem ser iguais no que toca à aplicação, que permite controlar os orçamentos, fazer transferências entre outras funções.

A Seldata, que trabalhou com a Samsung, apresentou a sua aplicação BIRD, que pode ser utilizada para efetuar a gestão de stock dos mais variados estabelecimentos comerciais. A Leya, por seu lado, usa os tablets da Samsung na EB1 de Vale da Figueira para que os alunos possam beneficiar de uma nova aprendizagem, mais dinâmica e interativa, em vez da antiga instrução recorrendo aos manuais físicos.

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Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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