Mobilidade e conectividade podem ser a salvação das megacidades
A visão da Bosch para a mobilidade urbana são cidades sem emissões, sem stress, sem acidentes. A empresa alemã apresenta um conjunto de soluções a pensar na qualidade de vida plana nas cidades num futuro próximo.
A Bosch está a tornar-se num fornecedor de serviços de mobilidade para aglomerados urbanos. No futuro, a empresa quer focar-se mais no desenvolvimento e no fornecimento de soluções para cidades conectadas e inteligentes. A procura e a necessidade de conceitos de mobilidade inteligente para o ambiente urbano estão em crescimento em todo o mundo. As megacidades de todo o planeta estão cheias ao ponto de romperem. Em muitos sítios, há uma ameaça de total bloqueio. É uma realidade que a Bosh observou ao pormenor com a intenção de crias soluções paras os principais problemas que este crescimento causa. A procura dos grandes centros urbanos é cada vez maior, o que se detetou a mais de uma década não foi parado e tem uma tendência de aumentar ainda mais. Este é o momento de transformação das cidades em centros urbanos de grande dimensão as chamadas megacidades. Prevê-se que 2050, vão existir mais de seis mil milhões de pessoas a viver nas megacidades, o dobro das que vivem atualmente. Até lá, o tráfego urbano terá triplicado. Com cerca de dois terços da população global a viver em aglomerados urbanos em 2050, e com o crescimento da urbanização que daqui irá resultar, o número de problemas irá também aumentar.
O aumento de mais e mais pessoas numa quantidade limitada de espaço irá também significar mais tráfego e, consequentemente, mais poluição, menos espaços verdes, mais barulho, e mais tempo gasto no trânsito. A Bosch esta a desenhar um conjunto de soluções tecnológicas, que podem ajudar a combater as questões de tráfego e ambiente que a todos preocupa, com este crescimento.
O que temos hoje: estradas congestionadas e ar poluído
Anos gastos à procura de um lugar para estacionar, entregas ineficientes, estradas congestionadas com carros próprios – tudo isto são já problemas comuns em muitas cidades de grande dimensão.
Amanhã: mobilidade livre de emissões, livre de stresses e livre de acidentes
No Bosch Mobility Experience em Boxberg, a Bosch está a demonstrar como a empresa está a moldar a mobilidade urbana: “Os nossos esforços para ajudar a criar um ambiente urbano que seja livre de emissões, de stresses e de acidentes estão ligados a três desenvolvimentos tecnológicos,” afirma Bulander, nomeando a “automação, eletrificação e conetividade.” Para a Bosch, o foco aqui está em mover-se do ponto A para o ponto B sem qualquer stress. Para alcançar isto em metrópoles movimentadas, transportes públicos, carros, veículos autoconduzidos partilhados e de entrega, e outros meios de transporte – em resumo: todos os meios de transporte nas cidades – vão ter que ser conectadas uns com os outros. “Serviços de mobilidade multimodal que os utilizadores podem reservar com apenas alguns cliques no rato vão ter um papel importante na redução do congestionamento.”
O aumento da automação do tráfego urbano vai também resultar numa maior segurança e na diminuição dos acidentes. Mesmo agora, o controlo da estabilidade dos motociclos da Bosch fornece um género de ESP para motociclos. O ABS para e-bikes, que foi recentemente lançado, pode também ser um salva vidas importante. “Conectar carros, veículos de duas rodas a outros utilizadores das estradas e infraestruturas, pode ajudar a reduzir acidentes e, consequentemente, salvar vidas. Especialmente em mercados emergentes, os utilizadores das estradas tais como utilizadores de veículos de duas rodas estão em risco,” diz Bulander. Uma das soluções que a Bosch desenvolveu para isto foi um escudo digital para motociclistas. E em emergências, o eCall desenvolvido especificamente para motociclos pode salvar vidas.
Eletromobilidade e motores de combustão para melhor qualidade do ar
Especialmente em aglomerados, a qualidade do ar vai continuar a ser um assunto importante. Por esta razão, a Bosch está a seguir um objetivo de tráfego de baixas emissões. “Nas cidades do futuro, tanto a eletromobilidade como os motores de combustão serão parte da solução,” afirma Bulander. Mesmo agora, o negócio de e-bikes da Bosch é o líder de mercado para unidades de condução para veículos elétricos mais bem-sucedido do mundo. Mais de 200 milhões de e-scooters estão na estrada na China, e as transmissões da Bosch também desempenham um papel importante aqui. Para veículos ligeiros elétricos de duas, três e quatro rodas, a Bosch desenvolveu um sistema powertrain compacto que pode alimentar veículos de duas rodas tais como o E-Schwalbe e pequenos veículos de quatro rodas tais como o e.Go. Para além disso, entregas em cidades de grande dimensão estão a tornar-se cada vez mais elétricas. As caixas de correio alemãs estão já a liderar o caminho nesta área com as Streetscooters, que também contêm componentes powertrain da Bosch. Para além de guiar o desenvolvimento da eletromobilidade em todas as classes de veículos e segmentos, a empresa está a trabalhar para melhorar ainda mais o motor de combustão. A Bosch gasta mais ou menos metade do orçamento de I&D em proteção ambiental e conservação dos recursos. Tudo junto, soma cerca de 3,5 mil milhões de euros.
Projetos completos para cidades inteligentes
Atualmente, a Bosch está a seguir 14 projetos farol relacionados com cidades inteligentes. Estes incluem projetos urbanos em Singapura, São Francisco, Berlim e Hamburgo. Sete destes incluem soluções para mobilidade urbana. Para além de estacionamento conectado e gestão de frotas, estas soluções também envolvem eletromobilidade e transporte multimodal. O último acordo de colaboração da Bosch nesta área é com a cidade chinesa de Tianjin. O objetivo é tornar este porto numa cidade inteligente.
A crescer três vezes mais do que o mercado
Na transformação para fornecer mobilidade urbana, a empresa está a beneficiar tanto do seu conhecimento tecnológico como de líder mundial no fornecimento de automóveis e influência económica: os 227 mil colaboradores em todo o mundo na área de Soluções de Mobilidade geraram vendas de 43,9 mil milhões de euros em 2016. Este ano, espera-se que o negócio de mobilidade do Grupo Bosch cresça cerca de 7%. Isto significa que será quase três vezes tão rápido quanto a produção global de automóveis. “Estamos a crescer mais rápido do que o mercado e, como um fornecedor automóvel, continuaremos fortes e acima de todos os parceiros inovadores da indústria automóvel. Para além disso, estamos a tornar-nos num fornecedor de serviços para todos os utilizadores das estradas,” afirma Bulander. Isto significa também que a Bosch vai reforçar a pesquisa e os esforços de desenvolvimento na área de Soluções de Mobilidade. Até ao final de 2017, esta área vai empregar 48 mil colaboradores em I&D, cerca de mais 4 mil do que no início do ano.