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Mobilidade aumenta necessidades de segurança

O crescimento do trabalho remoto e o crescente e apelativo conceito de mobilidade aumenta a vulnerabilidade das empresas. Mas não só. Também dos “simples” utilizadores que cada vez mais confiam nas novas tecnologias para guardar dados pessoais, onde o vídeo do primeiro passo do bebe, a primeira papa ou o pedido em casamento assume um valor incalculável. Também por isso o mercado da segurança se teve de moldar e adaptar a estas novas necessidades, endereçando a sua oferta para este cada vez mais atrativo segmento de negócio, quer empresarial quer doméstico.

Por estas razões, os analistas da IDC sugerem o crescimento sustentado do investimento em hardware e software de segurança, nomeadamente no mercado empresarial, à medida que melhor é percecionado o valor do ativo “Informação” nas organizações. Como referência, segundo o IDC, estes gastos, na região de EMEA (Europe, Middle East and Africa), vão crescer de 8,6 mil milhões de dólares em 2010 para 14,9 mil milhões em 2015. Aliás, uma das tendências mais importantes a que assistimos no mercado europeu para serviços de segurança é, em particular, o aumento dos serviços geridos de segurança.

Mas se falamos em mobilidade pura, as coisas mudam um pouco de figura. As empresas estão a apostar na implementação de dispositivos móveis mas acabam por esquecer a vertente segurança. Um documento da IDC aponta que 65% das empresas tencionam investir em soluções de mobilidade através da aquisição de smartphones e tablets mas, apesar disso, apenas 7% pretendem investir em gestão de dispositivos móveis (Mobile Device Management), nos próximos três anos.

O estudo revela que a atribuição de dispositivos móveis a trabalhadores domina os planos de investimento das empresas. Embora 65 % dos respondentes tenha intenções de investir smartphones e tablets, apenas 7 % pretende melhorar a segurança, a gestão de políticas e a integração com os sistemas de backoffice, investindo em MDM, uma componente chave das soluções de mobilidade.

Mas mais. Outro estudo alerta para o facto da maioria das empresas em toda a Europa estar a perder os benefícios da mobilidade corporativa, com 62% no risco de incorrer em saturações de custo, complexidade de gestão e  problemas de segurança graves por causa de deficiências nas suas estratégias.

Já o Gartner, divulgou que a estimativa é que os governos irão gastar 449,5 mil milhões de dólares em 2013 com TI e telecom, ou seja hardware, software e serviços. A previsão foi após o levantamento realizado em 13 países, e que regista que as tecnologias móveis, a modernização da TI e a Computação em Nuvem são as três áreas que estão no foco para investimentos, neste ano.

Os participantes da pesquisa disseram que estar a adotar, cada vez mais, serviços baseados em nuvem pública e privada. De 30% a 50% das empresas planeia implantar ou têm um contrato de serviços de TI ativo para os próximos 12 meses. O foco inicial era em software como serviço (SaaS), mas, no futuro, incluirá infraestrutura e plataforma como serviço (IaaS e PaaS).

A pesquisa revela ainda que esta dinâmica está a criar programas de “Traga seu Próprio Dispositivo” (BYOD, na sigla em inglês), mas as dúvidas persistem. Das empresas ouvidas, 52% disse que os funcionários podem trazer seus smartphones para o trabalho, 50% que eles podem usar os seus laptops e 38% os seus tablets. “Os fornecedores devem entender como o interesse crescente em políticas e estratégias de BYOD podem impactar nas oportunidades no setor de governance”, lê-se no documento. Mas, precisamente, este último estudo diz que a segurança e governance podem limitar o ritmo e a adoção do tão badalado “BYOD”.

Susana Marvão

Jornalista especializada em TIC desde 2000, é fã incondicional de todo o tipo de super-heróis e da saga Star Wars. É apaixonada pelo impacto que as tecnologias têm nas empresas.

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