IDC Mobility: a arquiteta dos negócios das organizações
Os paradigmas empresariais estão a atravessar uma fase de crítica mudança. A crescente e irrefutável tendência da mobilidade dos negócios está cada vez mais a redesenhar a forma de atuar das mais variadas organizações. O estudo “Melhores práticas e estratégias de mobilidade corporativa”, realizado pela consultora IDC e apresentado hoje no Mobility Forum 2014, revelou de que forma são os negócios afetados por esta propensão tecnológica.
A mobilidade, de acordo com o estudo apresentado por Gabriel Coimbra, Country Manager da IDC Portugal, é um fator que está a reconfigurar os negócios e que é transversal a todos os processos das empresas e demais organizações.
Considerando que a mobilidade marca o início de um novo capítulo na História das empresas, a IDC avançou que na evidente evolução tecnologico-empresarial em direção a uma “3ª Plataforma” – que integra Cloud, Big Data/ Analystics e Social Business – este fenómeno reconfigurativo desempenha um papel nuclear, atuando como veículo dessa mesma transformação.
Dada esta inclinação evolutiva, a consultora prevê que as vendas de dispositivos móveis continuem a aumentar, em detrimento dos mercados maduros dos desktops e dos computadores portáteis, onde em setores como o norte-americano e o europeu o declínio é notável e veloz.
Há não muito tempo, e como certamente muitos de nós recordar-nos-emos, existia uma dominância clara da plataforma Windows na esfera da mobilidade. Não obstante, a mobility explosion fez com que mais players quisessem fincar as presas nesta mina de ouro, repleta de oportunidades, que se revelava cada vez mais como uma forte fonte de negócio e crescimento.
Como tal, nos dias correntes podemos observar uma multiplicidade de empresas que estão a apostar veementemente em soluções e estratégias centradas na mobilidade, tornando-se evidente aos nossos olhos a heterogeneidade que caracteriza a cena tecnológica, nomeadamente ao nível de sistemas operativos e demais plataformas.
Gabriel Coimbra declarou que estamos a assistir à “segunda vaga da mobilidade”, com o crescente investimento em tecnologia wearable, cada vez mais apreciada pelos consumidores. Várias foram já as empresas que alteraram os seus modelos de negócio e práticas operacionais para acomodarem esta tendência emergente.
A percentagem de mobility workers – colaboradores que despendem uma expressiva porção do seu tempo fora das instalações da empresa – tem vindo a crescer e, segundo a IDC, deverá adquirir uma relevância ainda maior nos tempos vindouros, pois a mobilidade dos trabalhadores é uma necessidade com a qual cada vez mais organizações se deparam, fruto da globalização e descentralização dos negócios.
Por conseguinte, é imperativo que as empresas consigam extrair o máximo valor da mobilidade dos seus funcionários, adotando eficazes sistemas de gestão das aplicações e dispositivos móveis.
Todas estas alterações colocaram o CIO sob as luzes da ribalta. O diretor de informação defronta agora inúmeros desafios, que nada mais são do que elementos que virão a potenciar os negócios e todos os processos satélite.
O estudo apontou para a necessidade que existe em criar todo um ecossistema em torno da mobilidade, através do qual seja possível a definição e aplicação de uma estratégia mobile, e a posterior gestão das aplicações e dos dispositivos móveis que navegam na rede da organização; a implementação de medidas de controlo do acesso a conteúdos e programas internos e a adoção de parâmetros que garantam a segurança dos mesmos.
Apesar de algumas organizações estarem já dotadas de estratégias que visam tirar o maior benefício da mobilidade, muitas continuam ainda a ser aquelas que se alicerçam em planos fracos ou que não vêem valor algum nesta tendência.
É crescentemente expressiva a preocupação das empresas em desenvolverem negócios que se apoiem na mobilidade integrada nos seus segmentos de TI, o que possibilitará uma maior expansão da própria organização e uma melhor imiscuição na nova e corporativa cena tecnológica.