A Microsoft vai permitir aos clientes estrangeiros terem dados pessoais armazenados em servidores fora dos Estados Unidos.
Esta está a ser vista como a mudança mais radical feita por uma empresa de tecnologia norte-americana no combate às preocupações de que as agências de inteligência dos Estados Unidos monitorizam as pessoas que não têm nacionalidade norte-americana.
Segundo Brad Smith, vice-Presidente da empresa, “as pessoas devem ter a capacidade de saber se os dados que possuem estão a ser submetidos às leis e ao acesso dos governos noutro qualquer país e devem também ter a capacidade de fazer uma escolha o mais informada possível de onde os dados que têm residem”.
Assim, este constitui o sinal mais claro até agora de que a Microsoft está preocupada com a reação do público, especialmente do exterior aos Estados Unidos, quanto às revelações feitas pelo antigo analista da NSA Edward Snowden que alegou que a National Security Agency teve como objetivo espiar os estrangeiros em solo norte-americano.
Acusações de certo modo chocantes que fazem com que a Microsoft tente assim reformular o modo como o governo usa a Internet e assegurar uma maior transparência no modo como os dados são conseguidos. Essa reformulação também está a ser posta em marcha por empresas como a Apple, Facebook, Google ou o Twitter.
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