Em 2014, a Microsoft anunciou a sua intenção de demitir cerca de 18 mil funcionários. De acordo com a empresa, esta nova ronda de cortes deverá afetar 7,8 mil colaboradores do seu braço de hardware.
Estima-se que os despedimentos afetem o segmento de equipamentos da Microsoft, incluindo o negócio de smartphones comprado à Nokia no ano passado por 7,2 mil milhões de dólares, que tem tido dificuldades em fincar o seu estandarte no mercado. O sistema operativo Windows Phone continua na sombra dos rivais Android e iOS, e o negócio de smartphones tem subtraído quantias chorudas aos cofres da Microsoft. A empresa poderá gastar mais de oito mil milhões de dólares para revitalizar esta área de negócio, em linha com informações avançadas pela própria.
O colosso tecnológico tem procurado afastar-se da esfera do hardware, da qual é originária, numa altura em que cada vez mais o software se assume como a coluna vertebral da tecnologia do futuro. Esta medida deverá fazer com que a empresa possa concentrar os seus esforços e investimentos no negócio dos programas.
Diz a publicação nova-iorquina que no final de março a Microsoft contava com mais de 118 mil funcionários, a nível global.
Recentemente, a Microsoft revelou que estaria a vender o seu negócio de publicidade online à AOL. Nessa altura, a empresa disse também que parte do seu segmento de mapeamento digital passaria para as mãos da Uber.
A Microsoft está a preparar-se para o lançamento do Windows 10, a mais recente versão do seu sistema operativo, que está marcado para o próximo dia 29 de julho. Esta aposta num SO transversal a todos os equipamentos – PC, smartphones, tablets – evidencia que, pelo menos para já, a Microsoft não deverá virar costas ao seu negócio de telemóveis, embora seja inequívoca a sua reorientação rumo ao software.
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