Microsoft cria divisão de pesquisa para inteligência artificial

Esta divisão, Microsoft AI and Research Group, será liderada por Harry Shum, um veterano que está na empresa há vinte anos. O grupo juntará mais de cinco mil cientistas de computação e engenheiros com foco nos esforços da Microsoft relacionados à inteligência artificial.

“Vivemos numa era em que a tecnologia digital está a transformar as nossas vidas, negócios, e o mundo, mas também gerando um crescimento exponencial de dados e informação”, afirmou o CEO da Microsoft, Satya Nadella, em comunicado. “Na Microsoft, estamos focados em dar poder às pessoas e organizações, democratizando o acesso a inteligência para ajudar a resolver os nossos desafios mais urgentes. Para fazer isso, estamos a integrar inteligência artificial em tudo o que entregamos nas nossas plataformas de computação e experiências.”

De acordo com uma pesquisa da IDC, citada pelo Bank of America, a indústria de pesquisa em inteligência artificial e machine learning irá disparar para os 70 mil milhões de dólares em 2020, quase 9 vezes mais que em 2013.

Além da equipa de Harry Shum, outros líderes de engenharia da empresa se juntarão à Microsoft AI and Research Group, com as suas respetivas equipas: David Ku, Derrick Connell e Vijay Mital, que lideram a Information Platform, Cortana e Bing, Ambient Computing e Robótica, respetivamente. A divisão irá assim abranger engenharia de produtos de inteligência artificial, laboratórios de pesquisa básica e aplicada, e Novas Experiências e Tecnologias (NExT).

“A Microsoft tem trabalhado em inteligência artificial desde o início do Microsoft Research, e apenas estamos na superfície do que é possível”, disse Shum. “Esta iniciativa significa o compromisso da Microsoft em implantar tecnologia inteligente e democratizar a AI de uma forma que mude nossas vidas e o mundo à nossa volta para melhor.”

Essa democratização da AI de que falam Nadella e Shum será atingida seguindo quatro pilares, diz a organização, que serão aplicados na nova divisão:

  • Agentes: no estilo da assistente digital Cortana, a ideia é usar agentes inteligentes para mudar a forma como humanos e máquinas interagem
  • Aplicações: a inteligência deverá ser integrada em todos os aplicações, desde a app de fotos até ao Skype e ao Office 365
  • Serviços: tornar as capacidades cognitivas integradas nas aplicações disponíveis a todos os programadores do mundo
  • Infraestrutura: desenhar o supercomputador de inteligência artificial com Azure e torná-lo acessível a todos, pessoas e organizações.

Shum prometeu ainda expandir de forma significativa os esforços da empresa para dar mais poder às pessoas e empresas com as suas ferramentas, software e serviços, em conjunto com as capacidades de computação na nuvem.

 

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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