Microsoft apoia multiculturalidade com ferramentas de tradução

A Microsoft quer ajudar a promover um mundo onde a língua não é uma barreira à comunicação e, para isso, está a desenvolver uma ferramenta que permite a visualização de qualquer idioma no ecrã do computador. Este sistema universal será integrado no Windows 10 mas existem outras ferramentas já à disposição.

Para comemorar o Dia Internacional da Língua Materna, celebrado a 21 de fevereiro, a Microsoft apresenta, agora, um conjunto de medidas que visam promover a multiplicidade de idiomas que nos rodeiam. A empresa diz-se orgulhosa por disponibilizar ferramentas que vão ao encontro desse objetivo e refere a inovação tecnológica como pilar fundamental para um mundo mais democratizado.

Tendo em conta a existência de mais de sete mil línguas diferentes, a Microsoft explica que é necessário fornecer soluções para que todos possam comunicar. Para isso, desenvolveu algumas ferramentas, como é o caso do Translator Hub, uma extensão do serviço de tradução da Microsoft e que permite a construção de sistemas de tradução personalizados por empresas e para empresas ao possibilitar a introdução de termos próprios de cada companhia.

Para além das ferramentas, a Microsoft ajuda ainda organizações com o mesmo intuito. No que diz respeito à literacia, a empresa apoia a iniciativa Matuto: Literacy for Life Partnership através da funcionalidade Chekov que permite a criação de eBooks que poderão ser utilizados para aprender novas línguas por pessoas de todo o mundo.

Para completar este leque de ferramentas, a Microsoft apresenta o Universal Shaping Engine (USE) que deverá ser lançado juntamente com o Windows 10. Esta tecnologia permitirá que o sistema operativo mostre ao utilizador corretamente todos os sistemas de escrita do mundo. Numa publicação no blog do Windows, Andrew Glass explica que “para o Windows ser verdadeiramente um produto global, qualquer pessoa no mundo deverá poder escrever na sua língua”.

Isto significa que, em teoria, o Windows 10 será capaz de apresentar qualquer idioma incluindo aqueles que englobem caracteres especiais como símbolos. Para isso é necessário utilizar um shaping engine, ou seja, um sistema que permite a introdução dessas formas. Até aqui, os utilizadores tinham de instalar nos seus computadores as suas próprias fontes para que o sistema operativo as reconhecesse. O objetivo é acabar com essas instalações independentes com o Universal Shaping Engine que promete ser exatamente isso, universal.

No blog da Microsoft, Scott Charney questiona: “Então, como podemos conectar-nos com ainda mais pessoas, cruzando barreiras linguísticas e culturais, aprendendo estórias locais e construindo pontes entre gerações?”. A reposta é simples: a tecnologia é a solução. Para além de todas as ferramentas apresentadas, Charney destaca ainda a tradução de voz e texto presentes nos motores de busca e que permitem que a comunicação seja global.

Scott Charney continua e afirma que a “tecnologia pode ajudar a preservar línguas, representar línguas e pode abrir portas sociais e económicas”. Para isso, basta ter um dispositivo conectado à internet já que vivemos num “mundo em que comunicamos atravessando barreiras linguísticas à velocidade do toque no dispositivo nas nossas mãos”.

Filipa Almeida

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