O novo Worldwide Quarterly Wearable Device Tracker da consultora prevê agora que as vendas cheguem aos 101,9 milhões de unidades no final de 2016, um crescimento de 29% face ao ano passado. É uma expectativa inferior ao relatório anterior, que apontava para 110 milhões de wearables e uma subida de 38,2%.
“Ao contrário do smartphone, que consolidou múltiplas tecnologias num único dispositivo, o mercado de wearables é uma coleção de aparelhos díspares”, nota Jitesh Ubrani, analista da IDC. “Os relógios e as pusleiras são e serão sempre populares, mas o mercado vai claramente beneficiar da emergência de formatos adicionais, como roupas e óculos, que irão entregar novas capacidades e experiências”, acrescenta.
O analista refere que os óculos inteligentes têm um foco claro na utilização empresarial, já que vão complementar ou substituir outros aparelhos de computação – e especial para trabalhadores em fábricas e no terreno. No caso do vestuário, as marcas vão olhar sobretudo para os consumidores, oferecendo-lhes a possibilidade de captarem dados.
Ramon T. Llamas, diretor de pesquisa do programa IDc Wearables, refere ainda que a conectividade celular dará um impulso importante ao mercado, já que vai libertar os dispositivos da ligação ao smartphone.
Por outro lado, há uma grande oportunidade para os programadores, diz Llamas. “As aplicações aumentam o valor e a utilidade de um wearable, e os utilizadores querem ver mais que apenas resultados sobre saúde e fitness. Aplicações para notícias, meteorologia, desporto, redes sociais e Internet das Coisas terão todas lugar num wearable”, refere.
Os relógios serão 41% do total de vendas em 2016, passando a 52,1% em 2020. O segmento dos óculos pesará cerca de 10% em 2020 em termos de unidades, mas 40% do total das receitas, visto que serão aparelhos mais caros.
Já no vestuário, onde empresas como a Lenovo e a Samsung estão a começar a entrar com protótipos (sapatos, cintos), o peso será de 7,3% em 2020.
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