Apesar disso, a comparação sequencial entre o segundo e terceiro trimestres é positiva, com um aumento de 9,8% em preparação já da época natalícia. A Apple continua líder do segmento com o iPad, e apesar de ter recuado 6,2% em vendas, até aumentou a quota de mercado para 21,5%.
Um ponto interessante da pesquisa é o sucesso dos tablets low-cost, em especial os “detachables” – modelos que se podem conectar e desconectar a um teclado. Os modelos abaixo de US$ 200 atingiram mesmo um recorde de vendas.
“Infelizmente, muitos fabricantes de detachables de baixo custo também entregam uma experiência low-cost”, diz o analista sénior Jitesh Ubrani. “A corrida para o fundo é algo que já tínhamos experimentado com os slates e pode ser prejudicial para o mercado no longo prazo, visto que os detachables podem facilmente ser vistos como dispositivos descartáveis em vez de substitutos para o PC”, complementa.
Por outro lado, o diretor de pesquisa Jean Philippe Bouchard sublinha que estamos a testemunhar “movimentos tectónicos” no mercado, com os tablets slate de baixo custo servindo para uma estratégia de plataforma. É o que a Amazon está a fazer com a assistente digital Alexa nos tablets Fire, com bons resultados: as suas vendas dispararam 319,9% no trimestre.
Bouchard diz ainda que os tablets com ferramentas de produtividade mais próximas da verdadeira computação e que são legítimos substitutos do portátil deverão manter os preços médios na indústria em curva ascendente.
Mais uma vez ausente do grupo de maiores fabricantes de tablets está a Microsoft, apesar do sucesso percepcionado da sua linha Surface. A tabela da IDC indica que a marca vendeu menos de 2,4 milhões de unidades no trimestre, fasquia alcançada pela Huawei na quinta posição.
Top 5
1º. Apple – 21,5%
2º. Samsung – 15,1%
3º. Amazon – 7,3%
4º. Lenovo – 6,3%
5º. Huawei – 5,6%
Em termos de evolução, a Samsung foi a que mais caiu (19,3%), sobretudo porque se apoiou nos slates, que estão em queda. A tentativa de entrar no mercado de detachables com o TabPro S não funcionou.
A Lenovo também caiu, 10,8%, remetendo apenas 2,7 milhões de unidades. Já a Huawei registou uma subida vigorosa de 28,4%, para 2,4 milhões de tablets, capitalizando o maior reconhecimento da marca devido ao sucesso nos smartphones.
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