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Mercado de datacenters está a iniciar uma grande mudança estratégica

A coincidir com o início do ano, a Nutanix  analisou a situação atual do mercado de datacenters e antevê uma importante mudança de estratégia para 2017, que vai afetar tanto produtos como tecnologias, dizem em comunicado de imprensa.

Uma das maiores mudanças será proveniente da evolução do enfoque no poder computacional para o enfoque na abordagem à componente de armazenamento da equação, impulsionada por aplicações de Big Data e pela maré de ferramentas de análise de dados que inundaram os Datacenters no ano passado.

Do ponto de vista do hardware, esta tendência vai acelerar o já forte crescimento do armazenamento Flash face ao armazenamento magnético convencional, com cada vez mais empresas a adaptar arquiteturas All-flash para melhorar o desempenho e eliminar os silos.

Uma das vítimas desta mudança será a anteriormente dominante storage area network (SAN). A existência de alternativas mais escaláveis, com custos de gestão muito menos elevados, o aumento da disponibilidade e uma maior compreensão dos benefícios que a análise de dados gera para o datacenter, enfraquecem esta abordagem.

“De uma certa perspectiva, pode parecer que ao longo dos próximos 12 meses o datacenter continuará a operar como de costume, com a virtualização das cargas de trabalho, a integração proprietária, e a procura aparentemente interminável de um maior desempenho e capacidade. No entanto, a crescente aceitação da Cloud pública como um componente-chave para a transformação digital irá representar um grande desafio para os departamentos de TI”, disse em comunicado José Duque, Territory Manager Portugal and Galicia da Nutanix.

É o fim do datacenter?

Na verdade, dentro do conjunto de plataformas que os departamentos de TI deveriam abordar, a Cloud pública destaca-se cada vez mais. No entanto, é pouco provável que a empresa renuncie ao datacenter sem dar luta, pelo que há indicações claras de que, ao longo de 2017, irá prevalecer um modelo híbrido.

A este respeito, fabricantes como a Amazon, que já sustentaram que o datacenter on premise era totalmente desnecessário, mudaram a sua postura, facilitando a migração e o equilíbrio das cargas de trabalho entre os domínios público e privado. Outros fabricantes (liderados pela Nutanix) já estão a integrar as tecnologias web-scale de Cloud Pública nos seus produtos de forma a ajudar as empresas a aproveitar a escalabilidade instantânea e a economia pay-per-use que a Cloud pública assegura, sem que isso implique renunciar à propriedade, controle e segurança que as alternativas de datacenter local oferecem.

Abordar a complexidade inerente a uma abordagem híbrida, tanto a nível de infraestrutura como de aplicação e de negócios, será, portanto, uma prioridade durante 2017.

“Do ponto de vista de infraestrutura, as tecnologias de virtualização aplicadas com sucesso na gestão dos recursos informáticos já se estão a expandir para fazer o mesmo com o armazenamento e a rede”, explica Duque. “Os produtos e as tecnologias estão a amadurecer rapidamente, prevendo-se que 2017 seja o ano em que o Software-defined datacenter (SDDC) finalmente se torna uma realidade”. 

Até à ‘Utility Computing’

Por outro lado, estão a ser dados grandes passos a nível da gestão das cargas de trabalho aplicacionais e, tirando partido das análises de dados, também no desenvolvimento de avançadas ferramentas empresariais de automação. Essas ferramentas permitem às organizações definir, em termos puramente de negócio, politicas pelas quais pretendem que os seus sistemas digitais sejam monitorizados, geridos e medidos. Mais do que isso, podem ser executadas por software inteligente, independentemente das plataformas envolvidas, seja em datacenters on-premise, em Cloud privadas hospedadas no exterior ou em Cloud públicas para oferecer as tecnologias que as empresas procuram, onde e quando necessitam.

Susana Marvão

Jornalista especializada em TIC desde 2000, é fã incondicional de todo o tipo de super-heróis e da saga Star Wars. É apaixonada pelo impacto que as tecnologias têm nas empresas.

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