Mercado chinês dos smartphones começa a perder altitude

O espaço chinês dos smartphones, considerado o maior do mundo, atingiu o limiar da saturação. Uma investigação da IDC traz à luz do dia evidências que poderão indicar o início do declínio do setor dos telemóveis na China, colocando em xeque os negócios de marcas como a Apple e a Samsung.

O primeiro quartel do ano foi pautado pela diminuição das vendas de smartphones na China, com uma queda das remessas de 4,3 por cento face ao mesmo período de 2014, para os 98,8 milhões de unidades. Depois de seis anos consecutivos de crescimento e rentabilidade, o mercado chinês dos smartphones depara-se com aquela que é a sua primeira grande queda. A IDC aponta a saturação do mercado como a causa.

Fabricantes como a Xiaomi e a Apple têm procurado tirar proveito da fertilidade do setor chinês. Em apenas quatro anos, a Xiaomi conseguiu alcançar um valor de mercado de 46 mil milhões de dólares e a Apple, durante o último trimestre, arrecadou receitas de 16,8 mil milhões de dólares só na China, onde vendeu mais smartphones do que nos Estados Unidos, o seu mercado doméstico.

Com o iPhone 6, a Apple conseguiu cimentar o seu posicionamento no minguante mercado chinês, açambarcando uma quota de 14,7 por cento. A norte-americana conseguiu ultrapassar as chinesas Huawei e Xiaomi no seu próprio mercado de origem.

A IDC acredita que a contração do setor chinês vai pressionar ainda mais as fabricantes que procuram crescer nos mercados da Índia e do sudeste asiático, sendo que o estabelecimento de parcerias com distribuidores locais será essencial para a sobrevivência e expansão do negócio.

Por seu lado, a Xiaomi, como que antevendo o decréscimo do seu mercado-natal, já procurou traçar alianças com retalhistas indianos, tanto na dimensão online como na dimensão offline. Diz a Reuters que em abril a empresa anunciou que começaria a vender os seus smarpthones em toda a Índia, através da cadeia de retalho The Mobile Store.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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