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McAfee Labs divulga previsões de ameaças para 2017

O relatório reflete a opinião fundamentada de 31 líderes da Intel Security, onde se integra a McAfee Labs. Ele examina as tendências atuais no cibercrime e faz previsões sobre o que o futuro reserva para as organizações que desejam aproveitar as novas tecnologias tanto para expandir os seus negócios como para ter uma segurança mais reforçada.

“Para mudar as regras do jogo entre invasores e defensores, precisamos anular as principais vantagens dos nossos adversários”, afirma Vincent Weafer, vice-presidente do McAfee Labs na Intel Security. “À medida que uma nova técnica de defesa é desenvolvida, a sua eficácia vai aumentando até que os invasores são forçados a desenvolver contramedidas para evitá-la”, sublinha. Para superar as capacidades dos cibercriminosos, diz o responsável, é preciso ir para lá da simples compreensão do panorama de ameaças para mudar a dinâmica entre invasores e defensores. Aqui, há seis áreas-chave: assimetria de informações, tornar os ataques mais caros, aumentar a visibilidade, identificar melhor a exploração de legitimidade, reforçar a proteção de dados descentralizados, bem como detectar e proteger ambientes sem agente.

Panorama de ameaças de 2017

As previsões são abrangentes, incluindo ameaças associadas a ransomware, ataques de hardware e firmware, ataques em dispositivos de IoT da “casa inteligente”, uso da inteligência de máquina para otimizar ataques de engenharia social e maior colaboração entre o setor e a polícia:

  1. Os ataques de ransomware sofrerão uma queda no segundo semestre de 2017 em termos de volume e eficácia.
  2. As explorações de vulnerabilidade do Windows continuarão a diminuir; já as ameaças que têm como alvo softwares de infraestrutura e softwares de virtualização irão aumentar.
  3. Hardware e firmware serão alvos cada vez mais visados por invasores altamente capacitados.
  4. Usando softwares em execução em laptops, os hackers farão tentativas de “sequestro de drones” para diversas finalidades criminosas ou de hacktivismo.
  5. Os ataques móveis combinarão bloqueios de dispositivos móveis com o roubo de credenciais, permitindo que os ladrões cibernéticos acedam a informações como contas bancárias e cartões de crédito.
  6. Os malwares da IoT criarão pontos não autorizados de acesso à casa conectada que poderão ficar anos sem ser detectados.
  7. A aprendizagem de máquina acelerará a proliferação e aumentará a sofisticação de ataques de engenharia social.
  8. Anúncios falsos e “curtidas” compradas continuarão a proliferar e a comprometer a reputação.
  9. As guerras de publicidade irão ser agravadas e as novas técnicas utilizadas pelos anunciantes para distribuir anúncios serão copiadas por hackers para aumentar a capacidade de distribuição de malware.
  10. Hacktivistas irão desempenhar um papel importante na exposição de questões de privacidade.
  11. Graças à maior colaboração entre o setor e a polícia, operações de imobilização realizadas pela polícia reduzirão o cibercrime.
  12. A partilha de informações sobre ameaças resultará em grandes progressos em 2017.
  13. A espionagem ciber tornar-se-à tão comum no setor privado e no submundo do crime como já é entre estados-nação.
  14. Empresas do setor de segurança física e ciber irão colaborar para blindar produtos contra ameaças digitais.

Previsões para a segurança da nuvem e a Internet das Coisas

O McAfee Labs também apresentou previsões sobre a IoT e a segurança da nuvem para os próximos dois a quatro anos, incluindo ameaças e tendências económicas, políticas e regionais que provavelmente marcarão cada área. Com base nas considerações feitas pelos investigadores da Intel Security, as seguintes previsões também antecipam as medidas que provavelmente serão tomadas por fornecedores de dispositivos, provedores de serviços em nuvem e fornecedores de segurança.

As previsões para a nuvem englobaram vários tópicos. Tem a questão da confiança na nuvem, armazenamento de propriedade intelectual, autenticação, vetores de ataque no tráfego leste-oeste e norte-sul e lacunas de cobertura entre camadas de serviço. A McAfee destaca ainda os hackers de aluguer na nuvem, ataques de “negação de serviço por resgate”, leis e processos judiciais em detrimento da inovação e transferência de dados entre fronteiras; biometria como viabilizadora da nuvem, agentes de segurança de acesso em nuvem (CASBs), aprendizagem de máquina, seguro ciber e os constantes conflitos que colocam a velocidade, a eficiência e o custo na contra-mão do controlo, da visibilidade e da segurança das ofertas de nuvem.

As previsões para a IoT concentraram-se nos seguintes tópicos: economia do crime cibernético, ransomware, hacktivismo, ataques de estados-nação à infraestrutura do crime, desafios para os fabricantes de dispositivos, ameaças à privacidade e oportunidades, criptografia, monitoramento comportamental, seguro cibernético e gestão de riscos.

Seis desafios críticos do setor

A seção do relatório sobre problemas difíceis de resolver pressiona o setor a aumentar a eficácia da defesa contra ameaças reduzindo a assimetria de informações entre defensores e invasores, tornando os ataques mais caros ou menos rentáveis, aumentando a visibilidade dos eventos cibernéticos, identificando a exploração da legitimidade com mais eficácia, reforçando a proteção de dados descentralizados, bem como detectando e protegendo ambientes sem agente.

Relatório de previsões de ameaças para 2017 do McAfee Labs está disponível na íntegra.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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