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Lucros da SAP recuam mas vendas na nuvem disparam 103%

Em 2015, as vendas da SAP subiram 18% para 20,8 mil milhões de euros, com especial destaque para aquilo a que a fabricante chama “reservas” na nuvem – mais 103% que em 2014. Todas as áreas registaram uma subida, mas os lucros recuaram: -2% no indicador de lucros operacionais e -7% nos lucros depois de impostos.

O CEO Bill McDermott mostrou-se, todavia, muito positivo. “A nossa força em 2015 mostra que o ciclo de inovação SAP S/4HANA está bem encaminhado”, afirmou o executivo. “Batemos a concorrência em nuvem e software, em lucros operacionais e estamos muito confiantes de que a SAP se irá manter um negócio de crescimento rentável no futuro.”

O volume de negócios total na nuvem e software atingiu os 17,2 mil milhões de euros, uma subida de 20%.

Objetivos mais ambiciosos

O diretor financeiro da empresa alemã, Luka Mucic, acrescentou que estes resultados “validam” a estratégia que a SAP tem seguido. E isso vai refletir-se no futuro: um dos pontos mais interessantes desta apresentação de resultados é a previsão para os próximos anos. A tecnológica aumentou o seu ‘guidance’ para 2017 e espera praticamente duplicar as receitas de nuvem e suporte, de 2,2 para 3,8 a 4 mil milhões de euros no próximo ano. Prevê ainda um volume de negócios na ordem dos 23 a 23,5 mil milhões.

O outro ponto importante é que a SAP espera que a nuvem ultrapasse as licenças de software dentro de dois anos. “Em 2017, a SAP continua a esperar que as receitas da sua unidade de rápido crescimento de subscrições e suporte na nuvem se aproximem das receitas de licenças de software, e espera que excedam as receitas de software em 2018.”

Nessa altura, a empresa prevê atingir uma situação de escala na nuvem que “irá abrir caminho para uma expansão acelerada dos lucros.”

Desempenho regional

No último trimestre do ano, a região EMEA teve uma boa performance, com as receitas de nuvem e software a crescerem 11%. As receitas de subscrições e suporte na nuvem cresceram 53%.

Já na região das Américas, destaque para o Brasil, que “recuperou com um forte desempenho a dois dígitos nas receitas de software, no meio de um ambiente macro que continuou instável.”

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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