Custo de Vida de 2016 é o 22º estudo global da Mercer sobre o tema e dá a conhecer que fatores como as flutuações cambiais, a inflação no custo de bens e serviços e a volatilidade nos preços do alojamento condicionam o custo dos pacotes de remuneração dos colaboradores expatriados. Em 2015, Lisboa estava em 145º lugar.
“Mesmo com os avanços tecnológicos e com o crescimento de uma força de trabalho conectada internacionalmente, a colocação de colaboradores expatriados continua a ser um aspeto cada vez mais importante na estratégia de uma empresa multinacional competitiva”, sublinha Diogo Alarcão, partner da Mercer. “Todavia, com a volatilidade dos mercados e a desaceleração do crescimento económico em muitas partes do mundo, impõe-se uma análise crítica sobre a relação custo/eficiência nos pacotes de remuneração de expatriados”, reflete.
“À medida que aumenta a necessidade das organizações em apostar num rápido crescimento e maior exposição à escala mundial, é necessário garantir dados precisos e transparentes para compensar de forma justa todos os tipos de tarefas”.
A Mercer indica que “poucas organizações” estão preparadas para os desafios que os eventos mundiais impõem aos seus negócios, incluindo o impacto nos níveis de custo de vida e as implicações para os pacotes de remuneração dos expatriados. Lisboa tem vantagens óbvias para multinacionais, apesar da subida, que vão desde as infraestruturas ao nível salarial praticado.
Lisboa é, ainda assim, uma das cidades menos dispendiosas para expatriados a nível global. O ranking é liderado por Hong Kong, que subiu da segunda para a primeira posição e trocou com Luanda. Zurique e Singapura mantêm a terceira e quarta posições, e Tóquio assume o quinto posto, registando uma subida de seis lugares face ao ano passado. Kinshasa, no sexto lugar, aparece pela primeira vez no top 10, depois de ter ocupado o 13.º lugar no ano anterior.
Entre as restantes cidades no top 10 encontram-se Xangai (7), Genebra (8), N’Djamena (9) e Pequim (10). No extremo oposto – as cidades mais baratas para expatriados – encontram-se Windhoek (209), Cidade do Cabo (208) e Bichkek (207).
Este estudo é concebido para ajudar empresas multinacionais, governos e outras organizações a determinarem estratégias de compensação para os colaboradores expatriados. Nova Iorque é utilizada como cidade base, servindo de comparação para todas as outras cidades. Deste modo, os movimentos monetários são medidos em relação ao dólar americano.
O estudo inclui mais de 375 cidades em todo o mundo. O ranking deste ano inclui 209 cidades dos cinco continentes e mede o custo comparativo de mais de 200 items em cada local, incluindo habitação, transportes, comida, roupa, bens de uso doméstico e entretenimento.
“A otimização do retorno do investimento com menos recursos e com a falta de talentos em todo o mundo torna as iniciativas de crescimento mais difíceis para as multinacionais”, refere Diogo Alarcão. “As organizações devem assegurar-se que, através de pacotes de remuneração justos e competitivos, conseguirão melhorar os seus resultados e responder de forma eficaz aos desafios que enfrentam”.
Tiago Borges, responsável ibérico da área de estudos de mercado da Mercer, acrescenta ainda que “as alterações no custo de bens e serviços, em conjunto com a inflação e a volatilidade cambial, fazem com que os custos de colocação de colaboradores no estrangeiro possam, por vezes, ser superiores ou inferiores ao esperado.”
A consultora produz relatórios individuais sobre o custo de vida e sobre o custo de arrendamento de alojamento para cada cidade mencionada no estudo. Mais informações sobre o ranking das cidades podem ser consultadas no site da Mercer.
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