Categories: Segurança

Kaspersky lança ferramenta para descodificar Conti ransomware

No final de fevereiro passado, os especialistas da Kaspersky descobriram uma nova série de dados divulgados publicados em fóruns. Após analisar os dados, que continham 258 chaves privadas, código fonte e alguns descodificadores pré-compilados, a Kaspersky lançou uma nova versão do descodificador público para ajudar as vítimas desta modificação do Conti ransomware.

O Conti apareceu em finais de 2019 e esteve muito ativo ao longo de 2020, representando “mais de 13% de todas as vítimas de ransomware durante este período”, adiantou a Kaspersky.

Contudo, há um ano, uma vez que o código fonte foi divulgado, várias modificações do Conti ransomware foram criadas por vários grupos de cibercriminosos e utilizados nos seus ataques.

A variante malware, cujas chaves foram divulgadas, tinha sido descoberta por especialistas da Kaspersky em Dezembro de 2022. Esta variante foi utilizada em múltiplos ataques contra empresas e instituições estatais.

As chaves privadas divulgadas estão localizadas em 257 pastas (apenas uma destas pastas contém duas chaves). Algumas delas contêm descodificadores previamente gerados e vários ficheiros comuns: documentos, fotos, etc.

Presumivelmente, estes últimos são ficheiros de teste – alguns ficheiros que a vítima envia aos scammers para se certificar de que os ficheiros podem ser decifrados.

Após análise dos dados, os especialistas lançaram uma nova versão do descodificador público para ajudar as vítimas desta modificação do Conti ransomware.

O código de descodificação e todas as 258 chaves foram adicionados à última construção do utilizador RakhniDecryptor 1.40.0.00 da Kaspersky.

“Durante muitos anos consecutivos, o ransomware tem permanecido uma ferramenta importante utilizada pelos cibercrooks. No entanto, porque estudámos os TTPs de vários grupos de ransomware e descobrimos que muitos deles operam de forma semelhante, a prevenção de ataques torna-se mais fácil. Contudo, gostaríamos de salientar que a melhor estratégia é reforçar as defesas e deter os atacantes nas fases iniciais da sua intrusão, impedindo a implementação de resgates e minimizando as consequências do ataque”, diz Fedor Sinitsyn, principal analista de malware na Kaspersky.

Redação Silicon

Recent Posts

Vodafone vende cartões eSIM a bordo de aviões da TAP

Objetivo é facilitar o acesso à rede móvel no país de chegada, garantindo que os…

14 horas ago

Chamadas suspeitas? Saiba como evitar burlas telefónicas

Eupago alerta para os perigos das fraudes telefónicas e reúne cinco dicas para a proteção…

1 dia ago

SOS Voz Amiga já ajuda em várias línguas com IA da Samsung

Através da tecnologia Tradução em Tempo Real entre diferentes idiomas da Galaxy AI, a SOS…

3 dias ago

TheFork junta-se à OpenAI como colaborador na fase de Research Preview do Operator

Com o Operator da OpenAI o processo de reserva torna-se mais fluido, ao navegar automaticamente…

4 dias ago

Fernando Vázquez segue em novas funções na Schneider Electric

Com esta nomeação, a empresa reafirma o seu compromisso de estar mais próxima dos seus…

5 dias ago

Kaspersky KATA 7.0 para proteção contra ataques direcionados

Com o lançamento de KATA 7.0, as organizações podem agora beneficiar de capacidades melhoradas de…

1 semana ago