Mauro Xavier foi o nome apontado pela Microsoft para gerir a área governamental do gigante americano na Europa. São doze os países sob alçada do português que, até agora, era o responsável pelo negócio das pequenas e médias empresas em Portugal, do mercado da Administração Pública, soluções e parceiros. Como grande desafio, Mauro Xavier admite ter o facto de o paradigma ter mudado. “Já não se trata de fazer mais com menos, mas fazer melhor com o que se tem. A oferta da Cloud Microsoft sustenta este novo paradigma. Esta transformação será um desafio tremendo”.
B!T: Recentemente ficou encarregue da gestão da área governamental da Microsoft Europa. Exatamente quais as suas novas responsabilidades? O que implica este novo cargo?
Mauro Xavier: A equipa que terá a responsabilidade de definir e implementar as melhores soluções de tecnologia Microsoft para os vários níveis de administração púbica. É uma oportunidade única de participar em verdadeiro projetos de inovação e aumento de produtividade das organizações.
B!T: Quantos e quais países terá a seu cargo?
MX: Serão 12 países, nomeadamente Portugal, Espanha, Itália e Irlanda, Noruega, Finlândia, Suécia e Dinamarca, Bélgica, Holanda, Suíça e Áustria.
B!T: Desses, qual o mais desafiante e porquê?
MX: Diria que todos têm desafios diferentes e não há nenhum que se sobreponha a outro. É uma oportunidade única contribuir para melhorar os serviços ao cidadão e a eficiência dos vários níveis da administração pública em cada país.
B!T: Como encarou esta promoção?
MX: Os desafios surgem quando menos se esperam. Este é irrecusável. Será uma oportunidade tremenda de crescimento e aprendizagem.
B!T: Quais os principais desafios que acredita ir ter pela frente?
MX: O paradigma mudou. Já não se trata de fazer mais com menos, mas fazer melhor com o que se tem. A oferta da Cloud Microsoft sustenta este novo paradigma. Esta transformação será um desafio tremendo.
B!T: Vai continuar sedeado em Lisboa ou o novo cargo implica mobilizar-se?
MX: Lisboa e Portugal continuaram a ser a minha casa embora deva viajar 12 a 15 dias por mês. Podia ter optado viver noutro país, com ligações aéreas mais frequentes, ou melhor nível de impostos, mas adoro o meu país.
B!T: Em Portugal a Administração Pública já está mais ativa em termos de investimentos em TI ou ainda se regista um adiar desses mesmos investimentos?
MX: Os constrangimentos financeiros que o país atravessa são conhecidos e não se alterarão significativamente nos próximos anos. O importante é que o país não perca oportunidades de modernização que prejudiquem a competitividade das suas empresas para operarem num mercado global e que afetem a sua capacidade de atração de investimento estrangeiro. Os investimentos deverão ser seletivos e muito criteriosos tendo em vista este objetivo: tornar o País competitivo nos mercados globais. Os decisores públicos terão de perceber isto, mais tarde ou mais cedo.
B!T: Qual a relação da Microsoft com o governo português e que peso tem a AP no negócio luso?
MX: É uma relação estável e normal de uma empresa que tem contribuído objetivamente para a geração de emprego e para novas oportunidades de negócio em Portugal. A Microsoft tem uma presença ímpar no nosso país, com avultados investimentos e com uma rede de cerca de três mil empresas parceiras. Quanto ao peso da AP no negócio é relativamente reduzido representando menos de 15 % do volume de negócios em Portugal.
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