Internet mobile vence a fixa na China
É infrutífero tentar negar o poder reformador que os dispositivos tiveram (e continuam a ter) na forma como os utilizadores consomem conteúdos e serviços online. Na China, pela primeira vez, o acesso através de smartphones e tablets à Grande Rede superou a percentagem de indivíduos que o fazem mediante um computador pessoal.
De acordo com um estudo estatístico realizado pelo China Internet Network Information Center, no final do passado mês de junho registara-se um aumento de 2,3 por cento dos utilizadores de Internet na República Popular da China para 632 milhões, comparativamente aos 618 milhões nos últimos dias de 2013.
Dos utilizadores que se contavam no fim do primeiro semestre deste ano, 83 por cento – ou 527 milhões – mergulhavam no oceano digital através de um aparelho móvel, ao passo que os que utilizavam o computador portátil ficavam-se pelos 81 por cento.
Sendo o maior mercado de smartphones do mundo, a China, até 2018, deverá monopolizar mais de 30 por cento deste setor a nível mundial, avançou a consultora IDC.
Para além do comércio eletrónico, na China liderado pela Alibaba que se prepara para apresentar aquela que deverá ser uma das maiores IPO do setor da Internet, outros serviços como plataformas de música, de vídeo, de gaming e de pesquisa têm, todos eles, sido alavancados por crescimentos significativos.
No entanto, os serviços que beneficiaram de um maior boom foram os dos pagamentos mobile, onde o número de utilizadores aumentou em 63,4 por cento, os de online banking, com um aumento de 56,4 por cento, e os de reservas mobile, que com um crescimento de 65,4 por cento.
No entanto, nem tudo é um mar de rosas. Serviços como os de microblogging, dos quais é exemplo o Tencent Weibo, têm vindo a perder utilizadores, tendo no segundo semestre do ano passado perdido 1,9 por cento da sua base.