Internet das Coisas chegou ao mainstream, diz Verizon

O relatório “Estado do Mercado: Internet das Coisas 2016” indica que a oportunidade de crescimento das receitas é a principal força motriz da adesão à IoT, além do surgimento de ferramentas simplificadas para os programadores e alterações regulatórias efetuadas ou pendentes.

Outro dado interessante que se pode ler no estudo é a conclusão de que as grandes empresas estão a virar-se para as startups em busca de ajuda para as suas estratégias de Internet das Coisas. Em 2015, o investimento levantado por startups IoT para ambientes corporativos superou em 75% os fundos conseguidos por startups IoT na área do consumo. Este ano, as startups IoT “enterprise” deverão conseguir “duas a três vezes mais” capital que as ligadas ao consumo, diz o relatório.

“Tem-se encarado a Internet das Coisas como uma mistura de tecnologias complexas utilizadas apenas por early adopters”, refere Mike Lanman, vice presidente sénior de produtos IoT e Enterprise da Verizon. “No último ano, vimos exemplos interessantes de como a IoT está a ser implementada por uma grande variedade de empresas, empreendedores, municípios e programadores para endereçarem necessidades relevantes dos negócios, consumidores e do sector público.”

Entretanto, acrescenta Lanman, os consumidores também estão mais disponíveis para experimentarem novas tecnologias e aplicações. O resultado final “não só abrirá espaços para milhares de novos cenários de uso nos próximos dois anos, mas também criará uma pipeline de inovação e uma nova economia“, sustenta o executivo.

A Verizon identifica cinco tendências macro que vão impulsionar a Internet das Coisa já a partir deste ano:

  • Os consumidores vão ter um nível de automação muito mais elevado na vida diária, graças às interfaces simplificadas que a IoT vai proporcionar. Hoje, 81% dos utilizadores de IoT no sector público acreditam que os seus cidadãos esperam agora serviços mais avançados a partir desta área.
  • A monetização dos dados vai tornar-se uma competência obrigatória. Quase 50% das empresas esperam usar mais de 25% dos seus dados nos próximos 2-3 anos. A analítica de dados vai evoluir da recolha descritiva para um modelo preditivo e sofisticado; haverá uma mudança de “big data” para especialistas em cada domínio.
  • Mudanças nos quadros de regulação irão reforçar as parcerias entre empresas no ecossistema para a definição rápida de standards
  • As redes, aparelhos com baixo consumo e plataformas IoT vão democratizar a inovação, ao criar mais ferramentas para os programadores e permitindo às empresas escalar as suas implementações de Internet das Coisas de milhões para milhares de milhões de conexões de forma mais eficiente (por exemplo, 5G);
  • Os especialistas em segurança estão a tentar manter-se a par dos desenvolvimentos da tecnologia, olhando para as principais ameaças.

O estudo, em inglês, pode ser consultado aqui.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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