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Internacionalização tem de assentar em soluções de TI

A internacionalização dos negócios poderá ser considerada por muitas empresas da área do retalho como um elemento crucial que alimenta as suas estratégias de crescimento. Contudo, há passos que não podem ser ignorados, segundo Sandra Frattola, da Cegid, que acredita que muitas empresas podem ser mal-sucedidas se a sua expansão para lá das fronteiras do mercado doméstico não estiver solidamente estruturada em soluções de TI que permitam uma adaptação ao novo mercado, à nova realidade.

O Retalho está a mudar. Não só devido a fatores como alterações de padrões de consumo ou flutuações económico-financeiras, mas também por causa dos progressos na área das Tecnologias da Informação.

No decorrer do Cegid Connections 2015, em Berlim, a Cegid, na voz de Sandra Frattola, demonstrou acreditar que o sucesso de uma estratégia de internacionalização passa, sobretudo, por conhecer o mercado que se quer alcançar.

Cada mercado é um microcosmos, que está sujeito a especificidades que lhe são próprias. Neste sentido, e procurando potenciar o crescimento dos negócios, a Cegid, que se especializa no desenvolvimento de soluções de TI empresariais, ajuda os retalhistas a adaptarem os seus modus operandi aos mercados pretendidos.

“Há que conhecer o contexto do país”, referiu Frattola. As empresas precisam de estar cientes das configurações legislativas e económicas, por exemplo, do mercado em que querem introduzir as suas operações. Ademais, conhecer os canais locais de que a empresa pode dispor para comercializar os seus produtos alavanca o crescimento do negócio.

Visto que uma empresa não é dinamizada por rodas dentadas, a criação de uma equipa devidamente treinada, quer no que toca às especificidades do novo mercado, quer no que diz respeito ao núcleo do negócio da empresa que integram, é essencial para que o retalhista possa evoluir no novo país.

Desta feita, a Cegid defende que os membros desta equipa, que se movimentam num novo mercado, devem partilhar uma mesma língua, para que as soluções a ser adotadas possam ser adaptadas a todos os colaboradores, desde o topo da pirâmide até à sua base. Falando em estrutura hierárquica, há que estipular uma cadeia de tomada de decisão, para que o negócio possa crescer forte e fluentemente.

Com um novo mercado, vêm novos desafios. Antes de assentar arraiais num novo país é preciso perscrutar recursos como redes, infraestruturas e canais de distribuição. Fornecendo ferramentas de TI que permitem às empresas do retalho moldar as suas operações a setores que ultrapassam as fronteiras de um mercado doméstico, a Cegid possibilita que as empresas possam capitalizar os recursos locais. Eric Quivy, diretor de informação da Orchestra, uma empresa que fabrica vestuário para crianças e que usufruiu do know-how tecnológico da Cegid para conseguir expandir-se ao longo de 18 países, afirmou que deverão ser preferidas as redes das operadoras locais, em detrimento de um fornecedor global, contornando, assim, problemas como a latência das conexões.

A marca Paul Smith está a apoiar a sua estratégia de expansão internacional na solução de gestão de retalho omnicanal da Cegid, que, segundo o gestor de TI da empresa, é essencial para gerir e potenciar a eficiência do seu negócio de retalho.

A internacionalização pode ser vista por muitos retalhistas como uma estratégia de crescimento, que fortalece o seu negócio, que o faz crescer. Mas a sua má execução pode ser catastrófica, pelo que a adoção de soluções de TI que suportem esta expansão além-fronteiras, desde gestão de recursos e Big Data e analítica até sistemas baseados em cloud para administração de stocks, é crucial. Caso contrário, a empresa pode mergulhar de cabeça num mercado para o qual não está preparada.

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Filipe Pimentel, em Berlim

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