A Intel não informou os oficiais de cibersegurança norte-americanos das falhas de segurança dos seus processadores, conhecidas por Meltdown e Spectre, até que essa informação chegasse ao público.
Entre o período em que a Intel sabia da existência das duas falhas de segurança, quando a Alphabet informou a fabricante dos problemas, e a informação ter sido passada aos oficiais terão passado seis meses.
Os funcionários do governo norte-americano mostraram a sua preocupação por o governo não ter sido informado das falhas antes de terem sido tornadas públicas, uma vez que as falhas podiam ter implicações na segurança nacional. A Intel defendeu-se explicando que não haveria necessidade de as falhas serem partilhadas, uma vez que as falhas não foram exploradas por hackers.
A Intel só informou a US-CERT, a equipa de preparação para emergência de computadores dos Estados Unidos, no dia 3 de janeiro, depois dos primeiros relatórios terem sido publicados nos sites de tecnologia.
Os detalhes de quando as falhas foram descobertas e divulgadas foram explicados em cartas enviadas pela Intel, Alphabet e Apple na quinta-feira em resposta às perguntas dos congressistas.
A Alphabet disse que os investigadores de segurança no Google Project Zero informaram os fabricantes da Intel, AMD e ARM Holdings em junho e que deixou a decisão de informar os funcionários do governo aos fabricantes dos processadores, uma prática comum na indústria.
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