“Disrupção” é a palavra de ordem. Para sobreviver nos dias de hoje, onde a volatilidade caracteriza os mercados, as empresas têm de investir fortemente na inovação. No decorrer da 10ª edição do seu ciclo de conferências Worldwide Group User, Rui Paiva, o diretor-geral da tecnológica portuguesa WeDo Technologies, afirmou que a chamada “inovação disruptiva” é essencial para o crescimento bem-sucedido de uma organização, colocando ao alcance desta os próximos estágios da sua evolução enquanto entidade corporativa.
Registando receitas de 59,5 milhões de euros e lucros de vendas da ordem dos 63 milhões no ano fiscal de 2014, com um maior crescimento no mercado asiático, a WeDo procura desenvolver soluções que ajudem as empresas a conhecerem o seu negócio a fundo, através de ferramentas de analítica de dados e de uma monitorização permanente do percurso do seu negócio. A materialização desta missão é a RAID EBA, uma solução que assenta no conceito de Enterprise Business Assurance, e que visa colocar nas mãos das empresas as munições necessárias para que possam ter uma maior visibilidade relativamente ao seu negócio e um maior controlo sobre as operações inerentes. Esta tecnologia, de acordo com Rui Paiva, recolhe os dados gerados pelas diversas ferramentas utilizadas pela empresa ao nível do seu negócio, como CRM (software de gestão da relação com clientes) ou ERP (software de gestão de recursos empresariais), e operacionaliza-as, para que a entidade tenha uma perspetiva mais ampla e fidedigna do seu negócio.
O CEO apontou que tendências tecnológicas como Cloud, Mobilidade, Analítica, Social Media e Segurança estão a ditar um novo curso para as empresas e a criar um novo paradigma de operação, com a emergência da Omnicanalidade e da Digitalização.
Por sua vez, Sérgio Silvestre, diretor de marketing e vice-presidente da WeDo, acredita que a inovação disruptiva é o motor do crescimento. Contudo, uma porção significativa das empresas receia perder o controlo sobre suas operações, sobre o seu negócio, se adotar uma postura “radical”. Face a esta preocupação, Yuri van Geest, co-autor do livro Organizações Exponenciais e um dos oradores do evento, responde que existem dois caminhos a tomar: ou somos inovadores e capitalizamos as mudanças sofridas pelos mercados, alcançado o sucesso, ou agarramo-nos a um modelo de negócio linear e vemos o precipício a aproximar-se a passos largos.
Silvestre explica que a solução RAID EBA permite que as empresas possam acompanhar, quase em tempo real, o processo de disrupção, desta forma, tomando um maior controlo sobre as mudanças e permitindo-lhes reagir com maior agilidade e proficiência. Assim, são alienados quaisquer receios de perda de controlo do processo disruptivo aplicado ao negócio, alimentando um crescimento forte, impetuoso e seguro. Ademais, o executivo afirmou que o “EBA alavanca todo os investimentos”, sendo que poderá esperar-se um retorno sobre o investimento (ROI) num espaço de tempo que não supera os seis meses.
Van Geest sentenciou que estamos à beira de uma era de mudanças radicais. O nascimento de novas tecnologias, como impressão tridimensional, indústria robotizada ou biotecnologia, estão a criar grandes agitações no oceano corporativo, mas ainda nem todas as empresas sabem nadar, pois os seus antiquados modelos de negócio atuam mais como pesadas âncoras do como impulsionadores do negócio.
“As empresas não vivem sem disrupção”, declarou Rui Paiva em conversa com a B!T. “Ou [as empresas] são as primeiras e lideram, ou se forem atrás já pode ser tarde demais”.
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