Indústria biométrica vai disparar para 27 mil milhões em 2021
A adoção de leitores de impressões digitais, reconhecimento facial e vigilância vai levar a indústria biométrica a mais que duplicar o seu valor nos próximos cinco anos, diz a ABI Research.
O novo relatório da consultora prevê que o mercado global de tecnologia biométrica cresça 118% até 2021, passando a valer 30 mil milhões de dólares, ou 27 mil milhões de euros. O grande impulsionador da indústria será o segmento da eletrónica de consumo, em particular smartphones, devido aos leitores de impressões digitais integrados. Só estes sensores irão crescer 40% ao ano até 2021, atingindo então dois mil milhões de unidades.
“Os consumidores estão cada vez mais a pôr a sua confiança por detrás de autenticação biométrica e à procura de segurança, conveniência e personalização em múltiplas camadas”, explica o analista da ABI Research Dimitrios Pavlakis. “A vigilância também está a preparar-se, e em 2021 antecipamos que mais de uma em cada três câmaras vendidas estará conectada. Isto abrirá novos caminhos para o reconhecimento facial e analítica fa vigilância”, acrescentou.
A maior fatia do mercado da indústria biométrica está concentrada na América do Norte e na região Ásia-Pacífico. No entanto, a consultora sublinha que a América Latina e o Médio Oriente também irão registar uma explosão das implementações da tecnologia. “Isto irá ocorrer principalmente na banca e finanças pessoais, seguidos dos sectores governamentais e de segurança”, diz o relatório.
Por outro lado, os problemas de segurança e identificação no Médio Oriente e na Europa levarão a uma maior adesão às tecnologias biométricas. “As empresas vão avançar de forma mais agressiva em torno da adoção destes novos formatos biométricos”, diz Pavlakis. Estas tecnologias incluem aparelhos conectados por USB, sensores embebidos em eletrónica de consumo e cartões de pagamento, reconhecimento facial em smartphones e reconhecimento de veias nas caixas automáticas tipo Multibanco.