Índice Digital Regional: Norte ultrapassa Algarve

Segundo o Índice Digital Regional (IDR) 2015, a região da Área Metropolitana de Lisboa mantém a supremacia em relação às restantes seis regiões NUTs II (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos). A área da capital tem larga distância em relação à segunda melhor classificada, novamente ocupada pela região Centro.

O Algarve desce ao 4º lugar, trocando com o Norte – que assim completa, em apenas quatros anos, uma subida de duas posições. No Índice Digital de 2012, a região Norte estava em 5º lugar.

 Em 5º lugar surge agora o Alentejo, seguido dos Açores em 6º e da  Região Autónoma da Madeira que, mais uma vez, ocupa a última posição do ranking.

“Este ano, com a introdução de novos indicadores, todas as regiões viram o seu desempenho afastar-se ainda mais da região de Lisboa e da média nacional, o que vem acentuar as assimetrias regionais que se verificam na construção da Sociedade da Informação em Portugal, à semelhança do que acontece noutras áreas do desenvolvimento”, sublinha  Luís Miguel Ferreira, um dos elementos da equipa responsável pelo estudo.

Apenas a região da AM Lisboa acompanhou a subida da média nacional no resultado final, que se cifrou em 5,1%. Todas as restantes regiões desceram o seu score entre 2014 e 2015, registando-se a maior queda na região do Algarve (18,3%) e Madeira (9,2%). Lisboa subiu 2,4%. 

Em cada um dos 4 sub-índices que constituem o IDR – Contexto, Infraestrutura, Utilização e Impacto – a Área Metropolitana de Lisboa apresenta-se sempre em 1º lugar, sendo esta região a única região a obter desempenho acima da média nacional nos sub-índices Contexto e Impacto.

O IDR é um instrumento concebido pela Universidade do Minho, iniciado no âmbito do trabalho de doutoramento de Luís Miguel Ferreira, sob a orientação do Professor Luís Amaral. Visa especificamente “compreender a realidade da Sociedade da Informação nas sete regiões NUTs II portuguesas, comparando-as e contrastando-as“. Esta quarta edição do IDR decorre da atualização dos dados estatísticos utilizados no cálculo das edições anteriores (IDR 2012, IDR 2013 e IDR 2014), mantendo-se a metodologia inalterada.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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